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Sem grupo da morte e sem oxigênio, sorteio é pior para Palmeiras e Flamengo

O maior adversário na Libertadores é, claro, o Flamengo. Talvez o Palmeiras. O Galo? São Paulo? River? Não. O que ninguém queria pegar mesmo, o rival mais temido, aquele a ser evitado tinha um nome: logística.

Desde as entrevistas pré-sorteio, os dirigentes de clubes brasileiros eram claros. Pior do que pegar um brasileiro como o Botafogo era pegar o combo altitude e distância.

O verdadeiro grupo da morte é aquele em que falta oxigênio, lá a milhares de metros acima do nível do mar.

Na Sul-Americana, o Fortaleza caiu com Boca Juniors e Nacional Potosí. Se você achava La Paz difícil, saiba que Potosí, também na Bolívia, ostenta a marca de 4.090 metros de altitude. Corinthians (Argentinos Juniors) e Red Bull Bragantino (Racing) também não escaparam dos hermanos. Vai ser duro sair em primeiro desses grupos.

Depois de catorze horas de demagogia, o presidente da Conmebol Alejandro Domínguez anunciou o aumento de 5 milhões de dólares no prêmio para o campeão de 2024: belíssimos 23 milhões no pix.

Quando finalmente chegou a hora da Libertadores, dois dos favoritos brasileiros não se deram tão bem. O Flamengo viaja para o alto e além contra Bolívar e Millionarios (COL), fora o frágil Palestino (CHI). O Palmeiras enfrentará o organizadíssimo Del Valle (EQU), o argentino San Lorenzo e o atual campeão uruguaio, Liverpool. Grupos bastante acessíveis, mas chatos.

Fluminense e Atlético-MG se deram relativamente bem, com um pouco de tradição e uma viagem mais longa. O São Paulo pode sofrer um pouco com a logística, assim como o Grêmio, que não escapou de La Paz. O Botafogo escapou dos brasileiros e caiu no colo da LDU (EQU). Ninguém pegou o River Plate.

Com o nosso calendário, não tem vida fácil para ninguém — especialmente para quem ainda disputa estadual. Mas não tem grupo da morte e vai ter brasileiro nas fases finais.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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