Conteúdo publicado há 1 mês

Chuvas no RS: veja como ajudar as vítimas dos temporais que afetam o estado

Pouco mais de um mês após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, as cidades atingidas pelas chuvas no estado ainda precisam de ajuda. Mesmo com o nível do Guaíba e outros rios que transbordaram em queda, mais de 422 mil pessoas continuam oficialmente fora de casa, segundo a Defesa Civil gaúcha.

Diferentemente de quando houve o pico das inundações, quando o número de desalojados chegou a 615 mil no estado e um volume significativo de vestuário foi arrecadado (379 mil kits), a demanda agora envolve principalmente cestas básicas fechadas, itens de higiene pessoal e limpeza, colchões, cobertores, roupas de cama e roupas íntimas novas. Até sexta-feira (14), já haviam sido repassados 258.053 quilos de alimentos e mais de 1,7 milhão de litros de água para 198 municípios. E as arrecadações continuam.

No site SOS Enchentes, é possível consultar o que, onde e como doar. Um dos locais que ainda recebem donativos é o Centro Logístico da Defesa Civil Estadual, na Avenida Joaquim Porto Villanova, 101, Jardim Carvalho, em Porto Alegre. Telefone: (51) 3210-4255.

Outros sites também oferecem a possibilidade de consultar as demandas locais. É o caso da plataforma SOS RS, desenvolvida por voluntários e que reúne 856 centros voluntários, entre abrigos, abrigos de animais, centros de coletas e cozinhas solidárias, que podem ser acessados por nome ou endereço. Já o Projeto Solidariedade, plataforma desenvolvida de forma gratuita pela startup WideLabs, mostra em tempo real as necessidades das instituições cadastradas.

Desde o início de maio, os Correios receberam mais de 24 mil toneladas de doações para as vítimas das enchentes. Desse total, 7 mil toneladas já foram entregues para a Defesa Civil no estado gaúcho. O restante da carga está sob a gestão logística da empresa, sendo liberada a partir de orientações da Defesa Civil. As arrecadações também continuam e incluem: água, mantimentos que não estejam perto da data de vencimento, ração para animais e itens de higiene pessoal (escova de dente, creme dental, sabonete, absorvente, papel higiênico, fraldas infantis e geriátricas) e limpeza (sabão em barra, sacos de lixo, panos de limpeza, luvas e esponjas).

Os Correios orientam que as cestas básicas sejam entregues já fechadas ou com os alimentos reunidos em sacos transparentes, assim como itens de higiene pessoal, que devem ser alocados em kits em sacos transparentes. O ideal é separar os itens por categoria e em caixas ou sacolas que possam ser vedadas. Não são aceitas doações de vestuário no momento.

A Força Aérea Brasileira (FAB) também suspendeu a arrecadação de vestuário e água, em razão do estoque. Outros donativos, como alimentos não perecíveis e materiais de higiene e limpeza, devem ser entregues nas bases aéreas de Brasília, São Paulo e do Galeão, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

Cadastro de voluntários

A demanda por voluntários continua. É possível se inscrever para ajudar a Defesa Civil do Rio Grande do Sul na organização, seleção e triagem dos donativos. A Secretaria de Saúde também segue recebendo inscrições de profissionais como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e fonoaudiólogos interessados em se voluntariar. Os Correios, por sua vez, precisam de voluntários para atuar na triagem das doações, em Brasília (SOF Sul); e nos municípios de Curitiba, Cascavel e Londrina, no Paraná. As inscrições podem ser feitas pelos formulários de Brasília e do Paraná.

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As candidaturas não garantem o chamamento dos voluntários nem geram vínculo empregatício.

Doação de sangue

De acordo com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, o Hemocentro de Porto Alegre ainda precisa de todo o tipo de sangue para manter os estoques em níveis adequados, especialmente os de fator RH negativos.

Endereço: Avenida Bento Gonçalves, 3.722 - Porto Alegre.

Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

Agendamento: pelo telefone (51) 3339-7330 ou por mensagem de WhatsApp (51) 98405-4260.

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Outras organizações que continuam arrecadando doações

ADRA Brasil

Agência Humanitária da Igreja Adventista do Sétimo Dia, presente em mais de 110 países e, no Brasil, em 18 regionais. Entre as ações realizadas durante as enchentes estão a Carreta Solidária, unidade móvel para entrega de alimentos, lavagem de roupas e atendimento psicossocial, e a gestão de abrigos de Porto Alegre. O trabalho é feito pela equipe regional da ADRA, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Como doar: por PIX (sos@adra.org.br).

Cufa (Central Única das Favelas)

A Cufa, ONG presente em todos os estados brasileiros e em outros 15 países, se mobiliza para arrecadar e distribuir doações para os afetados. São aceitos alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal e de limpeza, além de água, ração para pets, agasalhos e cobertores.

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Como doar: Os donativos podem ser entregues em um dos centros de distribuição da Cufa. Também é possível doar via PIX (doacoes@cufa.org.br).

Grad (Grupo de Resposta a Animais em Desastres)

Grupo de mais de 80 voluntários de diferentes áreas de atuação e estados brasileiros, que promove ajuda humanitária aos animais e pessoas em circunstâncias de vulnerabilidade em desastres e comunidades isoladas.

Como doar: por PIX (54.465.282/0001-21) ou PagSeguro.

Pets

Creches caninas de São Paulo se uniram para ajudar os animais resgatados nas enchentes gaúchas, por meio do envio de ração e medicamentos. Os organizadores se comprometem a prestar contas.

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Neste momento, os pontos de arrecadação são:

  • Avenida Padre Antônio José dos Santos, 1208 - Brooklin, São Paulo
  • Rua Carlota Luísa de Jesus, 179 - Zona Leste, São Paulo
  • Rua Ágata, 84 - Aclimação, São Paulo
  • Rua Apiacás, 713 - Perdizes, São Paulo

Também é possível doar por PIX para andre.cabral@site.dog.

Associação de Pedagogia de Emergência no Brasil

A Pedagogia de Emergência realiza ações no Rio Grande do Sul com recursos da Pedagogia Waldorf, como arte, música, trabalhos manuais e jogos, para atender crianças que enfrentaram os temporais no estado. O grupo já trabalhou também nas enchentes que atingiram o Vale do Taquari, em 2023, e pretende desenvolver mais atividades.

Como doar: por PIX (25310675/0001-68) ou depósito bancário (Banco Itáu, Agência 2419, Conta corrente: 99677-8).

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Cáritas

Membro da Cáritas Internacional, tem origem na ação de Dom Helder Camara, que foi fundador da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Faz parte da "Missão Sementes de Solidariedade: Emergência", mobilizada no pós-desastre de 2023.

Como doar: por PIX 33654419.0010-07 (CNPJ) ou depósito bancário para Conta Corrente: 55.450-2 / Agência 1248-3 (Banco do Brasil).

Rotary Brasil

Criou uma campanha de arrecadação de fundos para socorrer as comunidades afetadas. Além disso, unidades de todo o país se mobilizam para arrecadar produtos.

Como doar: por PIX (rotarydors@gmail.com) ou procurando a unidade mais próxima.

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União BR

Movimento apartidário, que reúne mais de 4 mil voluntários no Brasil e no mundo. Em parceria com a Latam, organizou o programa Avião Solidário para transportar doações.

Como doar: por PIX na chave doe@movimentouniaobr.com.br.

Empresas podem entrar em contato por e-mail (contato@movimentouniaobr.com.br) para mais doações.

Ação da Cidadania

ONG fundada por Betinho há 30 anos para combater a fome organiza trabalho humanitário na região.

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Como doar: por PIX, pelo site.

Federasul

A Federasul (Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul) e suas 194 entidades afiliadas lançaram a Campanha Solidária para arrecadar fundos para a compra de itens fundamentais para as famílias desabrigadas. A primeira leva de doações contemplou a compra de 3 mil cobertores, entre outros itens, como peças íntimas, fraldas e absorventes.

Como doar: por PIX (sosrs@federasul.com.br) ou depósito bancário (Sicredi, 0116 01229-5).

Vaquinha online

Batizada de "A maior campanha solidária do Rio Grande do Sul", uma ação criada na plataforma Vakinha.com, em parceria com o Pretinho Básico e Badin Colono, arrecadou R$ 76,5 milhões junto a 1,3 milhão de doadores. A meta é atingir R$ 80 milhões

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