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Musicians Without Borders aposta na música como instrumento de inclusão

Projeto da ONG Musicians Without Borders - Divulgação
Projeto da ONG Musicians Without Borders Imagem: Divulgação

Lígia Nogueira

Colaboração para Ecoa, em São Paulo

05/10/2020 13h00

Guerra, medo, empatia e música. O que isso tem em comum? A americana Laura Hassler, criadora da ONG Musicians Without Borders, acredita na arte como instrumento de inclusão e desde 2000 usa a música como uma ferramenta para aliviar os efeitos desastrosos e as causas da guerra e da violência em massa, colaborando com organizações e agentes de mudança em várias partes do mundo.

Talvez você já tenha ouvido falar da americana radicada na Holanda que está à frente do "Músicos Sem Fronteiras": ela esteve em São Paulo em 2018 para participar de um evento promovido pelo Projeto Guri. Se não conhece, vale a pena vê-la no TEDxAUCollege, disponível no YouTube, em que fala sobre a importância de nos posicionarmos frente às desigualdades mundiais.

O Music Bus, primeiro projeto de longo prazo promovido pela organização, levou música, dança e teatro para as crianças de Srebrenica (cidade da Bósnia e Herzegovina que ficou conhecida pelo Massacre de Srebrenica), cidades vizinhas e campos de refugiados na região.

Depois da iniciativa, o Musicians Without Borders foi convidado para conferências e eventos culturais no Kosovo e na Palestina, que mais tarde conduziriam a dois dos seus programas fundadores, a Mitrovica Rock School e a Palestine Community Music. Nos anos que se seguiram, a ONG se expandiu para incluir programas na África Central Oriental, na América Central e na Europa.

Na Palestina, por exemplo, o projeto oferece atividades baseadas na música para jovens e crianças marginalizadas da Cisjordânia. Os programas incluem treinamento de Liderança em Música e Não Violência, oficinas de música para surdos e crianças com deficiência.

Em El Salvador (país que esteve em guerra civil entre 1980 e 1992), por sua vez, o MWB desenvolve o programa Soy Musica, resultado de uma parceria com o UNICEF e o Ministério da Educação para capacitar professores e líderes comunitários para que possam influenciar os estudantes de maneira positiva.