Unidade de caminhões da Ford suspende atividades até 1º de julho, diz sindicato
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Ford paralisou nesta segunda-feira as atividades de sua unidade de caminhões, até o dia 30, colocando centenas de funcionários em regime de banco de horas.
"Com o objetivo de ajustar o ritmo de produção à demanda do mercado, a Ford suspenderá temporariamente a produção nas fábricas de carros e caminhões de São Bernardo do Campo", afirmou a companhia, em nota.
No caso da produção de automóveis, a suspensão acontecerá apenas no dia 26, afirmou a Ford.
Segundo o sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), onde a unidade está localizada, cerca de 900 metalúrgicos ficarão parados. Em nota, a Ford informou que são aproximadamente 800 empregados em regime de banco de horas.
Sob este regime, o tempo parado é descontado das horas acumuladas do funcionário, quando a produção for retomada, de acordo com informações da assessoria de imprensa do sindicato.
A medida foi implementada devido aos estoques acima do desejado e demanda fraca. A previsão é que os funcionários voltem ao trabalho em 1º de julho.
A fábrica - que produz 12 modelos de caminhões leves e médios - faz parte de um complexo da Ford, incluindo uma fábrica de automóveis, e que reúne cerca de 4.400 operários, sendo 3 mil na área de produção e montagem de carros e caminhões.
Recentemente, eram produzidos até 14 caminhões por hora, ante média de 17 há dois anos. A produção de automóveis, que já chegou a 55 unidades ao dia, hoje está em cerca de 44.
Em São Bernardo do Campo há também fábricas das montadoras Volkswagen, Mercedes, Scania e Toyota.
O sindicato informou que, com exceção da Toyota, nas demais já houve demissões, concessão de férias coletivas e adoção do regime de layoff (contratos de trabalho suspensos).
Na semana passada, a General Motors pôs 6,2 mil empregados em férias coletivas somando as plantas de São José dos Campos (SP) e de Gravataí (RS), devido à baixa demanda e estoques elevados, segundo sindicatos de trabalhadores. [ID:L1N0Z1103]
(Por Rodrigo Viga Gaier, com reportagem adicional de Aluísio Alves)
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