Renault-Nissan cria nova equipe para poder encarar Grupo Volkswagen
A Renault e sua parceira Nissan revelaram planos nesta segunda-feira (17) para integrar suas principais operações e buscar economias de escala para enfrentar grandes rivais como o Grupo Volkswagen.
A criação de uma nova equipe de gestão para a aliança estava entre as medidas anunciadas pelo chefe da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, após 15 anos de cooperação suave entre as montadoras francesa e japonesa.
Pressionadas pelo aumento dos custos de regulamentação de emissões em seus mercados domésticos e pela competição mais acirrada em mercados emergentes, onde a demanda está desacelerando, as montadoras ocidentais têm olhado para fusões, alianças e acordos de produção para compartilhar custos e aumentar sua rentabilidade.
A Renault e sua afiliada Nissan, na qual detém 43,4%, estão lançando novos modelos em uma plataforma veicular desenvolvida em conjunto para mercados de massa. Em janeiro, elevaram sua meta de poupar pelo menos 4,3 bilhões de euros (US$ 6 bilhões) até 2016.
NOVOS NOMES
Confirmando movimentos que foram sinalizados na época, Ghosn nomeou novos vice-presidentes executivos nesta segunda para administrar conjuntamente as áreas de fabricação, pesquisa e desenvolvimento, compras e recursos humanos no âmbito da aliança, a partir de 1º de abril.
O presidente-executivo do Grupo também prometeu "aumento imediato na eficiência", acrescentando que a economia irá ajudar a companhia a "entregar veículos de maior valor para os clientes e permanecer na vanguarda da inovação".
Tsuyoshi Yamaguchi, atual chefe de plataformas e peças, assumirá a responsabilidade geral pela pesquisa e desenvolvimento de motores e veículos, incluindo futuros carros elétricos.
A área de estratégia, produção e cadeia de suprimentos industrial será dirigida por Shohei Kimura, enquanto os ex-executivos da Renault, Christian Vandenhende e Marie-Françoise Damesin, vão liderar a área de compras combinadas e recursos humanos.