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Renault e Nissan compartilham produção e P&D para economizar US$ 4 bilhões ao ano

Chang-Ran Kim

Em Tóquio (Japão)

24/01/2014 10h32

A Nissan e a Renault vão combinar suas funções de fabricação e pesquisa em uma medida que economizará mais de 400 bilhões de ienes (US$ 3,86 bilhões) ao ano, noticiou o jornal de negócios Nikkei nesta sexta-feira (24).

A iniciativa marcará um dos passos mais drásticos até agora na agregação dos recursos das parceiras de longa data, algo que elas tiveram dificuldade inicialmente para alcançar.

Como um primeiro passo, a aliança Renault-Nissan, liderada pelo duplo-presidente-executivo Carlos Ghosn, nomeará um gerente para supervisionar os departamentos de produção das duas empresas a partir de abril, seguindo com uma estrutura similar para pesquisa e desenvolvimento, disse o jornal.

Sob a estrutura planejada, a Nissan e a Renault poderão montar carros, usando peças compartilhadas, nas mesmas fábricas, disse o Nikkei. A Nissan e a Renault adotarão a nova estrutura primeiro em sua fábrica controlada em conjunto na Índia a partir de 2015, ampliando para mais de 10 países até 2020.

A aliança, que conjuntamente tem mais de 50 fábricas pelo mundo, planeja trazer a afiliada russa Avtovaz para a união, de acordo com o jornal. A Nissan não quis comentar sobre especulação sobre os futuros planos e projetos da aliança.

A parceria Renault-Nissan, formada em 1999, disse que gerou 2,69 bilhões de euros (US$ 3,68 bilhões) de novas economias de custo em 2012, uma alta ante os 1,75 bilhão de euros em 2011.

No Brasil, Nissan cobra menor taxação para fazer motor eficiente

  • Wallace Feitosa/Divulgação

    Além de anunciar a construção de uma fábrica de motores ao lado da fábrica de carros que está erguendo em Resende (RJ), Carlos Ghosn (foto), CEO do Grupo Renault-Nissan, também disse, durante sua visita ao Brasil na virada do ano, que a produção nacional de motores mais eficientes e modernos, como o três-cilindros de 1,2 litro que equipa os carros em outros mercados, está descartada por enquanto no Brasil.

    "Há muitas taxações diferentes feita por parte do governo brasileiro em comparação com outros mercados. Se o governo mudar de postura e reduzir as taxas para motores maiores que os de 1 litro, podemos pensar na possibilidade", afirmou. Clique na foto e saiba mais