PSA busca acordo com chineses para estancar baixa de R$ 3,5 bi
Com a baixa contábil de 1,1 bilhão de euros (1,52 bilhão de dólares) em suas operações internacionais, anunciada nesta quinta-feira (12), a PSA Peugeot-Citroën ganhou apoio da parceira General Motors para selar uma aliança com a chinesa Dongfeng e, assim ter um aumento de capital nos próximos meses.
De acordo com o diretor financeiro do grupo, Jean-Baptiste de Chatillon, a queda reflete moedas mais fracas e perspectivas de vendas na Rússia e na América Latina, mas não interfere na meta de cortar pela metade o fluxo de caixa negativo registrado no ano passado, que ficou em 3 bilhões de euros (R$ 9,6 bilhões).
Só no primeiro semestre de 2013, o conglomerado francês amargou prejuízo operacional de 510 milhões de euros (R$ 1,6 bilhão) na divisão automotiva. Por isso, o diretor executivo da PSA, Philippe Varin, admitiu que o grupo está mesmo explorando a possibilidade de uma aliança mais profunda com a Dongfeng, parceira de uma joint venture já existente na China.
ACORDO ENVOLVE GOVERNO FRANCÊS
Segundo a Peugeot, em comunicado lançado também nesta quinta, as discussões ainda estão em "fase preliminar", mas uma fonte ligada ao assunto adiantou que o conselho administrativo da companhia já teria dado o aval, na última terça, para que a diretoria selasse um acordo preliminar.
O acordo proposto levaria o governo francês e a Dongfeng a comprarem, com desconto de 40%, participações igualitárias de 20% cada na PSA, pagando preços abaixo de 7 euros (R$ 22,5) por ação. A manobra geraria aumento de US$ 3,5 bilhões (R$ 11,2 bilhões) no capital da companhia.
Procurada, a Dongfeng não quis comentar o assunto, mas reconheceu que está praticando "estudos de viabilidade" sobre essa possível aliança.
Com a notícia, as ações da Peugeot despencaram mais de 10% na Bolsa de Valores de Paris.
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