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Fiat garante empregos na Itália apesar de aliança com Chrysler

Jennifer Clark

Em Roma (Itália)

31/05/2013 10h30

O presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, assegurou em uma primeira reunião com o novo ministro da Indústria da Itália que a maior empregadora do país não vai promover demissões.

Recém indicado para o ministério da Indústria, Flavio Zanonato recentemente havia pedido à Fiat para "ficar na Itália" depois da planejada fusão com a norte-americana Chrysler no próximo ano. Sindicatos de trabalhadores na Itália temem que a fusão fará o grupo migrar sua sede para os Estados Unidos.

Fiat e Zanonato prometeram trabalharem juntos para recuperarem o mercado italiano de veículos atingido pela recessão no país, afirmou o ministério em comunicado, e ressaltaram a importância da base de manufatura italiana como parte da imagem da marca da Fiat.

Zanonato reuniu-se com Marchionne e com o acionista controlador da Fiat, John Elkann, e ambos deram garantias de que a Fiat pretende manter o nível de empregos mesmo em um momento em que o mercado italiano encolhe a níveis vistos pela última vez na década de 1970.

As vendas de carros na Itália caíram quase 20% no ano passado e devem recuar mais 5% este ano, para cerca de 1,3 milhão de unidades. O governo italiano, que enfrenta recessão e orçamento mediado por medidas de austeridade, tem poucas ferramentas à mão para ajudar na retomada das vendas de veículos.

Apesar disso, a Fiat tem planos de fabricar modelos Jeep e uma nova linha de veículos da marca Alfa Romeo na Itália para exportação para mercados na Ásia, América Latina e Estados Unidos.

"A reunião foi muito bem", disse Marchionne a jornalistas em Roma. "Confirmamos nossos compromissos com a Itália". Apesar das fábricas da Fiat trabalharem abaixo da capacidade, a montadora tem seguidamente repetido a parlamentares e sindicatos que não pretende fechar unidades produtivas, diferente das rivais Ford, General Motors e Peugeot, que disseram que vão fechar fábricas.