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Fiat conclui financiamento de R$ 5,3 bilhões para fábrica em PE

Obras no terreno da fábrica da Fiat em Goiana (PE): previsão é de que a sede fique pronta no final de 2014 - Léo Caldas/Folhapress
Obras no terreno da fábrica da Fiat em Goiana (PE): previsão é de que a sede fique pronta no final de 2014 Imagem: Léo Caldas/Folhapress

Alberto Alerigi Jr.

Em São Paulo (SP)

23/05/2013 12h16

A Fiat concluiu o pacote de financiamento de cerca de R$ 5,3 bilhões para o projeto de construção de seu complexo fabril em Goiana, em Pernambuco -- atualmente o maior investimento realizado pela companhia em todo o mundo.

Nesta quinta-feira (23), resolução da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) foi publicada no Diário Oficial da União aprovando recursos de até R$ 1,959 bilhão para as fábricas de carros e motores que a empresa está construindo no local.

A fábrica, com capacidade para produzir 250 mil veículos, deverá ficar pronta no final de 2014, com início de produção comercial em 2015. O complexo fabril contará ainda com pistas de testes de veículos e parque de fornecedores.

Os recursos da Sudene virão por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Além deles, a Fiat já havia obtido linhas de financiamento de R$ 2,4 bilhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de cerca de R$ 900 milhões junto ao Banco de Desenvolvimento do Nordeste (BNB).

O complexo fabril deve consumir recursos de R$ 4,5 bilhões, incluindo as fábricas de veículos e motores. O restante dos recursos deverá ser utilizado no "desenvolvimento de produtos", afirmou a Fiat.

SEDE MINEIRA
A fábrica da Fiat em Pernambuco será a segunda da montadora no Brasil. A empresa tem um complexo fabril em Betim (MG), o maior do grupo Fiat Chrysler no mundo, que está tendo sua capacidade ampliada de 800 mil para 950 mil veículos por ano.

O investimento da montadora ocorre num momento em que as vendas de veículos do país caminham para bater um sétimo recorde consecutivo em 2013, para entre 3,93 milhões a 3,97 milhões de unidades (egundo a associação de montadoras, Anfavea).

A aposta em aumento de capacidade também acontece em meio a um novo regime automotivo aprovado pelo governo que obriga empresas a investirem mais em produção e desenvolvimento no Brasil e à intensa competição entre marcas tradicionais do mercado e novos entrantes.

Nesta semana, a Hyundai, que superou a Renault no ranking de participação nas vendas de automóveis e comerciais leves no acumulado do ano até a primeira metade de maio, fechou acordo com trabalhadores para implantar um terceiro turno de produção em sua fábrica recém construída em Piracicaba (SP), onde é fabricada a linha HB20.