Metalúrgicos da GM aprovam greve na fábrica de Onix e Prisma
Metalúrgicos do primeiro e terceiro turnos da fábrica da General Motors em Gravataí (RS) aprovaram decreto de greve por tempo indeterminado cobrando reajuste salarial de 12%, informaram representantes sindicais nesta quarta-feira (24).
A fábrica emprega 4.500 trabalhadores e produz o hatch Celta, além dos recém lançados Onix e novo Prisma, a um ritmo de 1.200 automóveis por dia, informou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari.
A greve foi decretada após seis reuniões do sindicato com executivos da montadora desde março, disse Ascari. A expectativa é de que os trabalhadores do segundo turno da fábrica também aprovem o decreto da greve durante assembleia marcada para as 14h desta quarta-feira.
Segundo o sindicato, o índice de 12% inclui reajuste real de cerca de 5%. A GM ofereceu reajuste salarial de 8,29%. Além do reajuste, os trabalhadores pedem redução na jornada de trabalho para 40 horas semanais. Segundo a entidade, a GM ofereceu a possibilidade de diminuir a jornada atual de 42 horas por semana para 41,5 horas a partir de 1o de maio e para 41 horas a partir de janeiro do próximo ano.
Em 2012, os trabalhadores promoveram greve de um dia na unidade que foi encerrada com acordo de reajuste de 7,5%. Representantes da GM não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto.
A fábrica da GM em Gravataí é responsável por cerca de 50% da produção total de veículos da montadora no Brasil, segundo o sindicato. "Mesmo assim, os trabalhadores gaúchos possuem o piso salarial 70% menor que os atuantes em São José dos Campos e São Caetano do Sul, em São Paulo", afirmou a entidade em comunicado à imprensa.
Em janeiro, funcionários da GM de São José dos Campos (SP) paralisam atividades por conta de possíveis demissões da fábrica que produz Classic, S10 e Trailblazer.
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