Renault quer ligar acordo com Mercedes a aumento na jornada de operários

A Renault pode construir veículos na França para os parceiros Nissan e Daimler se funcionários domésticos da marca francesa aceitarem aumentar sua jornada trabalho, disse a empresa a sindicatos nesta quarta-feira (9).
Na mais recente rodada de negociações a respeito de um acordo trabalhista nacional, executivos da Renault pediram a sindicatos que aceitassem um aumento médio de 6,5% em seu expediente.
"Isso contribuiria para tornar as fábricas francesas mais atraentes para a alocação de volumes (de produção) além da produção da própria Renault", disse a Renault em comunicado.
Isso pode incluir modelos para a afiliada japonesa Nissan, em que a empresa francesa detém uma participação de 43,4%, ou para a alemã Daimler, controladora da Mercedes-Benz, acrescentou uma porta-voz da companhia.
A fábrica de Maubeuge da Renault, no norte da França, atualmente produz os caminhões Mercedes Citan para a Daimler. No entanto, após quase 14 anos desde a criação da aliança Renault-Nissan, os dois parceiros ainda não partilham produção de carros em nenhum lugar da Europa.
PARA SINDICATOS, PROPOSTA É 'CHANTAGEM'
A montadora pede aos sindicatos de seu país de origem um aumento em sua jornada de trabalho para 35 horas por semana, a norma legal na indústria francesa. O pagamento pelas horas adicionais será discutido em futuras rodadas de negociações.
Em setembro do ano passado, a montadora disse que buscava um novo acordo nacional sobre salários e condições para cortar custos e alinhar sua produtividade com unidades europeias menos custosas, como sua fábrica em Palencia na Espanha e a fábrica da Nissan em em Sunderland, na Inglaterra.
A Renault sugeriu anteriormente a perspectiva de garantias para manter suas fábricas francesas abertas em negociações com sindicatos e alertou que o resultado das reuniões afetará a produção, uma postura de negociação denunciada por alguns sindicatos como "chantagem".
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