Fiat corta meio bilhão de euros de investimento para Europa

A Fiat reduziu sua meta de investimentos para a fabricação de novos produtos na Europa em 2012 em 500 milhões de euros (quase R$ 1,3 bilhão). A afirmação foi feita pelo presidente-executivo da companhia, Sergio Marchionne, que segundo um porta-voz da Fiat não acredita em recuperação das vendas na Europa no segundo semestre do ano.
"A meta era 7,5 bilhões de euros (R$ 19,5 bilhões) e ele (Marchionne) cortou em 500 milhões de euros. A redução vem da Europa, essencialmente de investimento em novos produtos", afirmou o porta-voz.
Segundo o boletim "Automotive News", Marchionne, que também é presidente-executivo da americana Chrysler, acredita que a recuperação do cenário europeu depende de fatores externos ao setor automotivo, ou seja, incontroláveis para as montadoras: "Primeiro há a Grécia, depois o futuro do euro como moeda comum a diversos mercados e ainda a forma como a Europa fará para manter o crescimento", afirmou o empresário.
Com o anúncio, a destinação de verbas para o desenvolvimento de produtos no continente da sede da Fiat passa a ser de 7 bilhões de euros (R$ 18 bilhões) devido à crise econômica e financeira na Europa. A empresa nega que haja o cancelamento de algum produto, admitindo apenas a diminuição do ritmo de lançamentos.
"Não há cancelamento de programas, apenas uma desaceleração em desenvolvimento. Isso se deve, obviamente, ao mercado automotivo europeu, que continua a cair", acrescentou.
De toda forma, ao menos o desenvolvimento de um produto teve o freio de mão totalmente puxado: a nova geração do Fiat Punto europeu. Além disso, analistas do mercado automotivo acreditam que a redução de investimento da Fiat na Europa é a primeira parte de um movimento da marca italiana para diminuir sua dependência da claudicante economia europeia.
Dona de 58,5% da Chrysler, a Fiat pode está preparando uma ação de assimilação total do grupo americano e obter os dividendos disso até o final de 2014. O primeiro passo seria investir cerca de 200 milhões de euros (R$ 516 milhões) na aquisição de mais 3,3% de participação, obtendo assim a maioria acionária da empresa americana e pavimentaria de vez o caminho para a fusão total entre Fiat e Chrysler.
Se concluído, esse processo poderia render até 100 bilhões de euros (quase R$ 260 bilhões) em vendas de produtos para os italianos em até dois anos -- cenário que a atual situação da Europa não permite.
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