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Venda de carros na China tem menor alta no século 21

Fang Yan e Ken Wills

Em Pequim (China)

12/01/2012 08h47

As vendas de carro na China subiram 5,2% em 2011, o menor ritmo desde que a cultura do automóvel no país começou na virada do século, depois que o governo cortou incentivos fiscais para carros pequenos. Mesmo assim, a sólida demanda por marcas internacionais ajudou o país a se manter como o maior mercado do mundo, com vendas totais de 14,5 milhões de unidades, cerca de 2 milhões a mais que nos Estados Unidos em 2011.

A previsão para 2012 deve melhorar graças à demanda ainda grande nas cidades menores, que devem competir com as regiões metropolitanas pelo posto de motor do crescimento econômico, disseram observadores da indústria.

"Fabricantes locais de carros se viram prejudicados no ano passado depois que os incentivos acabaram, mas a maioria das companhias estrangeiras continuou em boa situação", disse o diretor de pesquisas da consultoria Ipsos, Sheng Ye.

As medidas do governo para resolver os problemas de trânsito, como limites de emplacamento em Pequim, também prejudicaram as vendas. Na capital, as vendas de novos carros despencaram 56%, para 403.500 unidades em 2011, segundo números oficiais.

As marcas chinesas responderam por 29,1% das vendas no ano passado, queda de 1,78 ponto percentual em relação a 2010, de acordo com a Associação dos Fabricantes de Automóveis da China (CAAM). Montadoras da Alemanha e dos EUA, no entanto, ganharam terreno, com alta de 1,91 e 0,77 ponto percentual, respectivamente.

Enquanto alguns especialistas da indústria continuam cautelosos sobre 2012, muitos outros apostam em um crescimento de 10% nas vendas em cidades menores, entre eles o presidente da Great Wall Motor, Wang Fengying, e o diretor do Centro de Informações do Estado (SIC), Xu Changming. A CAAM prevê que as vendas de carros na China crescerão até 9,5% em 2012.