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Controlador da Saab abre pedido de falência após negativa da GM

Sem dinheiro e mergulhada em dívidas, chega o momento da SAAB apagar as luzes - 18.dez.09/AFP
Sem dinheiro e mergulhada em dívidas, chega o momento da SAAB apagar as luzes Imagem: 18.dez.09/AFP

Da Reuters

Em Estocolmo (Suécia)

19/12/2011 09h34

A montadora sueca Saab enfrenta o fim de mais de 60 anos de história nesta segunda-feira (19), depois que sua controladora abandonou repetidos esforços para encontrar financiamento, abrindo um pedido de falência da empresa.

O fim de meses de tentativas de manter a fabricante viva veio no fim de semana, quando a General Motors novamente vetou plano que envolve a investidora chinesa Zhejiang Youngman Lotus Automobile. A GM, antiga dona da Saab, ainda fornece tecnologia para a Saab e tem uma pequena participação na empresa.

"Depois de ter recebido a recente posição da GM sobre a transação, a Youngman informou à Saab Automobile que não poderia concluir o financiamento para continuar a reorganização", afirmou a proprietária da Saab, Swedish Automobile.

"O conselho da Saab Automobile decidiu que, sem mais financiamentos, a companhia ficará insolvente e que entrar com pedido de falência é o que melhor atende aos credores", acrescentou.

A companhia esteve perto do fim desde março, quando problemas financeiros a obrigaram a parar a produção.

Depois disso, a empresa voltou a produzir por pouco tempo em uma fábrica no oeste da Suécia, mas dívidas cada vez maiores junto a fornecedores causaram nova paralisação em abril, quando a empresa deixou de produzir.

O presidente-executivo da Swedish Automobile, Victor Muller, costurou uma série de acordos para salvar a Saab, mas a GM disse que não poderia aceitar uma opção que envolvia a chinesa Youngman.

A GM, que opera na China em parceria com a estatal Saic Motor, tinha afirmado no começo de novembro que continuar a fornecer peças e tecnologia para os novos donos da Saab iria contra os interesses de seus próprios acionistas.

A Swedish Automobile disse em comunicado esperar que a corte aceite o pedido de falência em breve.