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Nissan confirma nova fábrica no Brasil e quer dobrar sua fatia no mercado

Presidente Dilma recebe o chefão mundial da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, no Planalto - José Cruz/Agência Brasil
Presidente Dilma recebe o chefão mundial da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, no Planalto Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Com Redação, em São Paulo

01/10/2011 17h14Atualizada em 03/10/2011 01h01

A Nissan confirmou a construção de uma nova fábrica de automóveis em Resende (RJ), à medida que pretende dobrar sua participação de mercado automotivo brasileiro até 2016. Em encontro com a presidente Dilma Rousseff neste sábado (1), o presidente mundial da Nissan, Carlos Ghosn, afirmou também que a companhia ampliará sua unidade de São José dos Pinhais (PR), segundo informações do site da Presidência da República.

Não foram anunciados os investimentos na nova fábrica, mas estima-se que sejam de US$ 1,5 bilhão.

A Nissan atualmente detém 6,5% de participação de mercado no país, mas quer chegar a 13% até 2016, e para isso se valerá de preços "bem acessíveis" para o consumidor, segundo o relato oficial do encontro.

"Hoje nós consideramos o Brasil, que é o quarto mercado mundial automobilístico, como um dos mercados mais estratégicos em termos de desenvolvimento em quantidade, mas também de desenvolvimento tecnológico", disse Ghosn durante o encontro com Dilma. Ainda de acordo com o site, a empresa anunciará nesta semana os investimentos para a ampliação e para a construção da fábrica.

Atualmente, a Nissan divide um complexo fabril no Paraná com sua parceira francesa Renault. A empresa produz no país a picape Frontier e os modelos da família do monovolume Livina no município de São José dos Pinhais. No entanto, o carro candidato a ser o de maior volume de vendas da marca no Brasil é o recém-lançado March, que, pelo menos por ora, é importado do México.

Durante o encontro, o executivo saudou a decisão do governo de aumentar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros com menos de 65% de conteúdo nacional -- uma medida que não afeta os carros produzidos no país norte-americano, o qual tem acordo comercial com o Brasil.

"A decisão do governo de aumento de IPI é um incentivo para as montadoras produzirem localmente, sem nenhuma dúvida... 65% de conteúdo local é um nível que nós consideramos totalmente razoável para quem quer realmente contribuir para o desenvolvimento do Brasil", afirmou o chefão da Nissan.