Motorista de app é bloqueado após negar pedidos sexuais bizarros de cliente

Um vídeo que viralizou nas redes sociais relata que um motorista de aplicativo teria tido sua conta bloqueada após negar favores sexuais a um passageiro. O caso foi confirmado ao UOL Carros pela Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp).

O que aconteceu

O caso, relatado com capturas de tela, mostra que o cliente, logo após receber a confirmação de corrida, teria utilizado o chat com o motorista no aplicativo e questionado se o profissional aceitaria receber sexo oral.

O passageiro ainda teria oferecido R$ 50 em troca de o motorista urinar no seu corpo.

Segundo o vídeo, o profissional reportou o caso à plataforma, mas teria tido sua conta no app bloqueada.

O UOL Carros e a Amasp tentaram contato com o motorista envolvido, mas sem sucesso.

O narrador do vídeo identifica o profissional como 'motorista da Uber'. Em contato com a reportagem, porém, a empresa afirmou que o profissional não faz parte de seu quadro de colaboradores.

Já algumas imagens do vídeo indicam que o episódio teria ocorrido com um profissional da 99. O UOL Carros procurou a empresa, que não conseguiu identificar o colaborador, mas se comprometeu a apurar o caso.

Problema recorrente das empresas

As plataformas costumam emitir vários informes para os motoristas dizendo como é importante respeitar as diferenças, as minorias e esse tipo de coisas que são, sim, essenciais. No entanto, em nenhum momento o passageiro recebe esse tipo de material para que respeite o motorista, o veículo ou o ambiente interno do carro. O passageiro acaba ficando livre para fazer o que bem entender Eduardo Lima, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp).

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"As empresas excluem o motorista automaticamente, que fica sem saber do motivo para a sua exclusão. Em cidades como São Paulo, Campinas e Atibaia, existem leis municipais que dão direito de defesa para o motorista. Em caso de exclusão, a empresa tem que abrir um link para esse motorista e informar o motivo. Assim, o motorista pode montar a sua defesa e a análise durará sete dias ao todo. O problema é que a situação que levou à exclusão nunca chega ao motorista de forma tão explícita e específica", conclui.

Motorista de outro episódio reverteu injustiça

"Teve um caso, desta vez dentro da Uber, no qual o motorista, já próximo do limite de expediente regulamentado pela plataforma, estava indo fazer a sua última corrida. Ele estava com a ferramenta de encaminhamento para a sua residência ativa. Ou seja, não poderiam cair corridas com trajeto divergente do endereço de sua casa", afirma o presidente da Amasp.

"Mas chegando no local, o GPS indicou que os passageiros iriam para um local do outro lado da cidade. O motorista explicou que estava destinado para a sua casa e que por isso não iria fazer a corrida. Os passageiros saíram sem prejuízos e, pela plataforma, o acusaram de discriminação. Essa foi a reclamação que havia chegado para o motorista", continua.

"Ele foi expulso e teve que ficar tentando decifrar o ocorrido, que não estava claro. Ele tinha mais de sete anos de profissão e sem nenhuma outra reclamação desse tipo. Pelo seu histórico, conseguimos reverter esse desligamento", finaliza.

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