Marrocos tem carrão de R$ 10 mi e dobro de camelos do que Strada no Brasil

Ninguém mexe com o Marrocos, nem mesmo a Espanha, que foi eliminada da Copa do Mundo em mais uma das zebras que ficarão para a história. Como poucos conhecem sobre a mobilidade e o mercado automotivo do país, resolvemos trazer mais detalhes.

Marrocos é o país que detém a maior indústria automotiva da África e, além disso, conta com a própria marca de supercarros. Já ouviram falar na Laraki? O nome pode ser até meio esquisito, e o nome do modelo mais recente também: Epitome.

Entretanto, mais uma vez, não podemos subestimar os marroquinos. Trata-se de um carro que custa mais de R$ 10 milhões (em conversão direta). Pelo preço, concorre com os melhores Paganis e Koenigseggs.

Só que ele é mais potente do que a maioria deles. Com motor de Corvette preparado, seus 1200 cv são o suficiente para acelerar até 100 km/h abaixo dos 3,5 segundos. Isso em 2013, quando a primeira unidade do carro foi produzida.

Outro fato bastante curioso é que, segundo o ministério da agricultura do Marrocos, há cerca de 183 mil camelos no país. Para se ter uma noção, o Fiat Strada (que é o carro mais vendido do Brasil, até o fechamento de novembro) emplacou 103.288 unidades em 2022, pelo levantamento da Fenabrave.

Quanto custa a picape? Ela parte de R$ 100.175 na versão mais simples de todas. E um camelo? Convertendo os preços praticados no mercado marroquino (se é que existe um), custa entre R$ 7.500 e R$ 12.500. É o preço da moto mais em conta do Brasil, a Shineray Worker 125 (R$ 8.490), mas traz muito mais vantagens do que qualquer transporte a motor.

Considerando que o camelo é, simultaneamente, um pet, um meio de transporte (off-road, ainda) e um item de valor (no Marrocos), talvez não seja uma má ideia ter um desses por lá. Ele vive mais do que um cachorro ou um gato também: 40 anos.

Como se não bastasse, é mais barato de "abastecer" também, uma vez que, essencialmente, precisa apenas de qualquer tipo de planta ou vegetação, como ramos, folhas secas, ervas daninhas, sementes, grãos, ervas, frutas frescas ou secas, etc. É mais "econômico" do que qualquer carro também, já que podem passar até duas semanas sem comer.

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