Morte no motel: como carro de luxo deixou assassina a pé durante fuga
A prisão de uma mulher nesta semana, devido o assassinato do noivo em um motel de Brasília (DF), aconteceu após ela tentar roubar uma Volkswagen Kombi para fugir.
Segundo a Polícia Militar, ela confessou o crime e estava nua e armada ao ser abordada BR-070, no município de Cocalzinho, localizado em Goiás.
De acordo com a PM, a suspeita estaria sob efeito de drogas e iniciou a fuga ainda no motel, do qual saiu sem pagar a conta, dirigindo o Audi Q7 do noivo e derrubando um portão. O carro de luxo parou de funcionar após rodar alguns quilômetros. Conforme os policiais que a abordaram, o SUV não sofreu uma pane mecânica: na verdade, o motor foi desativado intencionalmente e à distância.
A Polícia Militar acrescenta que o Audi está registrado em nome de uma empresa da vítima e é equipado com um aparelho rastreador, capaz de imobilizar remotamente o veículo em caso de emergência. Fica a pergunta: como funciona essa tecnologia?
Para esclarecer a questão, UOL Carros conversou com Rodrigo Boutti, gerente de operações da Ituran - empresa especializada em rastreamento veicular.
Quem pode solicitar o bloqueio do carro
Boutti informa que existem dois tipos de bloqueio em rastreadores, usados para acompanhar a localização de veículos e facilitar a respectiva recuperação em caso de roubo ou furto: aquele que impede o acionamento do motor do carro e o que corta o fornecimento de combustível, já com o automóvel em movimento.
"Os carros com bloqueio de ignição podem ter um botão 'secreto' que libera a partida do motor. Outros trazem um sensor que detecta a presença de um dispositivo, que necessariamente está com motorista. Só assim permitem a ignição do veículo", esclarece o especialista.
Aparentemente, o Audi é equipado com a segunda opção de bloqueio, que precisa ser acionada por meio de solicitação à central de controle da companhia de rastreamento.
"Via de regra, apenas o proprietário ou alguém por ele indicado podem requerer o bloqueio e a localização do veículo, após se identificarem. A exceção cabe à polícia, que tem autonomia para solicitar a imobilização de um carro roubado ou furtado e também o respectivo rastreamento".
Boutti acredita que a polícia pediu o bloqueio, informando a placa do SUV, após ser acionada por funcionários do motel.
Ele conta que as funcionalidades acima descritas são possíveis por meio da conexão do rastreador com a ECU, a central eletrônica que gerencia o funcionamento do motor e de outros sistemas veiculares.
"Por meio da ECU, dá para monitorar outras informações além da localização, como a velocidade e outros detalhes do trajeto, como paradas e distância percorrida em determinado período de tempo. Posteriormente, o automóvel pode ser desbloqueado, também de forma remota e apenas apos a autorização dos responsáveis".
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