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Avaliação: Ford Transit é van de trabalho com conforto de automóvel

Vitor Matsubara

Colaboração para o UOL

05/08/2022 04h00

Resumo da notícia

  • Furgão da Ford é vendido em duas variações de carroceria
  • Cabine da Transit tem conforto de automóvel e ótimo isolamento acústico
  • Van tem modem que abastece app com várias informações sobre o veículo

Há tempos os carros feitos para o trabalho deixaram de lado a imagem de um veículo rústico e quase sem conforto algum. Isso se reflete claramente no concorrido segmento de vans, em que modelos como a Mercedes-Benz Sprinter elevaram o sarrafo faz alguns anos.

Deve ser por isso que a Ford investiu pesado ao trazer a Transit para o Brasil. A van não é uma completa desconhecida por aqui, já que foi vendida entre 2009 e 2014. Lá fora ela coleciona vitórias, uma vez que é um dos modelos mais vendidos da categoria e possui uma história de respeito em vários países.

Parece um carro

Na geração mais recente, a Transit é vendida nas carrocerias para transporte de passageiros (chamada de Minibus) ou carga (conhecida apenas como Furgão). Esta última foi avaliada por UOL Carros na versão L3H3, que oferece uma generosa área volumétrica de 12,4 m3 e capacidade de carga de 1.181 kg.

Independente da versão ou carroceria escolhida, a linha Transit se destaca pelo conforto. Se não fosse pelas dimensões generosas, a cabine poderia ser confundida com a de um automóvel de passeio. Até porque muitas peças são compartilhadas com modelos antigos ou atuais da Ford. O volante é o mesmo encontrado na picape Maverick, enquanto vários botões e comandos giratórios estão em antigos sucessos da marca, como EcoSport e Focus. Até a manopla do câmbio manual traz aquela sensação de déjà-vu.

Os bancos são confortáveis e possuem espuma de densidade adequada para suportar o corpo durante horas a fio. Outra virtude está na grande quantidade de porta-objetos espalhados pela cabine, incluindo três porta-copos (sendo um deles escondido na base do câmbio) e algumas prateleiras na parte superior, acima dos para-sóis.

Esperta nas arrancadas

A Transit é movida por um motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e 39,7 kgfm de torque máximo. As respostas são ágeis para um furgão e pouco se escuta o propulsor em ação, graças ao ótimo isolamento acústico. Mesmo nos casos de aceleração total, a cabine da Transit não é tomada pelo som típico dos motores a diesel - algo que acontece na rival Mercedes-Benz Sprinter.

O câmbio manual de seis marchas remete muito aos automóveis da Ford. Os engates são justos e precisos, sem a alavanca de curso longo que normalmente marca presença em veículos utilitários. A direção conta com assistência elétrica e contribui bastante nas manobras, já que estamos falando de um veículo com quase seis metros de comprimento - ou 5,98 m, para ser mais preciso. Felizmente o diâmetro de giro de 13,3 m também facilita a vida do motorista, sobretudo em lugares apertados.

Já a suspensão tem calibragem mais macia do que na maioria das vans. Isso se torna um problema quando a Transit está vazia, fazendo com que todos na cabine balancem para todos os lados ao transpor valetas e buracos.

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