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Carro feito com nióbio e movido a hidrogênio traz 'futuro' para as pistas

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Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo (SP)

23/02/2022 08h00Atualizada em 23/02/2022 14h48

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O primeiro campeonato de esporte a motor exclusivo para carros com motores a hidrogênio fará sua estreia em 2024. Chamado de Extreme H, ele será off-road e será parceiro de outro campeonato já existente: a Extreme E. Ambos eventos foram idealizados pelo criador do mundial de Fórmula E, Alejandro Agag.

Tanto Extreme E quanto Extreme H irão realizar suas provas nos mesmos locais, nos mesmos dias e utilizando os mesmos formatos de disputa.

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O primeiro protótipo para o campeonato deverá apenas ser lançado no início de 2023. Seu trem de força será o mesmo usado na Extreme E. O que irá diferir do modelo atualmente utilizado na Extreme E será a fonte de energia - célula de hidrogênio em vez de a bateria usada em veículos 100% elétricos.

Os veículos da Extreme H terão suas células de combustível compostas por hidrogênio verde - uma combinação entre água e energia solar.

Além da pegada sustentável nos trens de força que ele tem utilizado, a categoria aposta também no uso de nióbio, metal que grandes reservas no Brasil e que tem se tornou presença constante em diversos protótipos.

Isso porque o nióbio é uma liga metálica que permite reduzir o peso de carros usando paredes mais finas nos chassis dos carros. Só é possível fazer isso porque ele consegue melhorar a rigidez da estrutura, mesmo com menor espessura dos componentes por suas propriedades naturais.

Assim, é possível garantir a mesma segurança para os pilotos dos protótipos em caso de acidente e também melhorar a relação peso/potência que o carro tem.

No caso de carros elétricos ou movidos a célula de hidrogênio, reduzir o peso sem afetar a segurança se torna ainda mais importante, porque assim é possível fornecer mais autonomia com o mesmo conjunto de baterias.

O desenvolvimento do seu uso em competições ou veículos de baixa produção, como o BAC Mono, que tem um aspecto quase experimental, ajuda a entender como ele poderá ser usado na produção em larga escala de veículos a combustão e eletrificados.

Com 90% do mercado de nióbio, o Brasil viu no ano passado o projeto do UTV 100% desenvolvido no Brasil em parceria com a equipe Giaffone para correr o Sertões, apesar de um acidente no transporte que tirou uma das unidades da prova.

O paddock do evento, que corre atualmente em diversos lugares isolados do mundo, já funciona com hidrogênio verde e também através de baterias.

"A Extreme E foi projetada para ser um teste de inovação e soluções para mobilidade", falou Agag.

"Tornou-se cada vez mais claro para nós que criar um campeonato de corridas com hidrogênio seria uma evolução natural de nossa missão de mostrar as possibilidades de novas tecnologias para combater os problemas climáticos."

"Juntamente com as atuais equipes da Extreme E, decidiremos nos próximos meses a melhor maneira de integrar os carros movidos a hidrogênio no fim de semana de corrida. Duas categorias separadas, transição completa para hidrogênio ou corrida conjunta são as opções na mesa."

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