Toyota C-HR híbrido chega ao Brasil em 2018 para assustar HR-V

Sem poder fabricar o crossover ainda, Toyota quer "marcar território"; preço deve ser próximo ao do Prius
Desde que o Toyota C-HR surgiu, lá em 2015, UOL Carros avisou (sempre citando as pistas deixadas por executivos da marca) que o Brasil era um mercado lógico para o modelo, mas que sua chegada seria tortuosa, cheia de complicações. Pois bem, o crossover apareceu no Salão de Buenos Aires e já tem data para atravessar a fronteira de lá para cá: 2018.
Claro, o principal problema continua existindo: o C-HR é um investimento caro demais para o atual momento brasileiro. Ele é feito sobre a novíssima plataforma da Toyota (TNGA, modular) e compartilha peças apenas com o híbrido Prius. Esse investimento só seria justificado se o Corolla já estivesse sendo fabricado sobre a mesma plataforma. Só que isso só vai acontecer em 2020 (antes, em 2019, a marca começa a fazer os novos motores do Corolla, como também já explicamos).
Acontece que o segmento de SUVs pega fogo, a arquirrival Honda domina as vendas e o resultado pede que a Toyota se movimente, antes que seja tarde demais. A saída é trazer o C-HR da Europa em pequenas doses, por importação, para se posicionar e marcar terreno. Fontes consultadas por UOL Carros afirmam que a chegada do C-HR desta forma é dada como algo certo.
Híbrido
Com formas mais arrojadas e até futuristas, o C-HR deve vir por importação da Turquia, a fábrica mais próxima do país (também há linhas de produção no Japão, Indonésia e Tailândia). E deve chegar apenas na configuração híbrida. Por que?
Porque ela possui incentivos de Imposto de Importação e ICMS. Dessa forma, a conta fecha e o preço pode ser minimamente competitivo. Ainda assim, deve ficar bem próximo do valor do Prius, que custa cerca de R$ 120 mil.
Como o rival HR-V custa R$ 106 mil em sua configuração de topo (Touring, com motor 1.8 flex, 140 cv com gasolina e câmbio CVT) o "estrago" não seria tão grande.
Nessa fórmula, o C-HR híbrido seria vendido destacando suas vantagens, não o preço: motor 1.8 a gasolina de ciclo Atkinson, 98 cv, aliado a um propulsor elétrico, chegando à potência combinada de 123 cv, mas com silêncio quase total, rodar suave, isenção de parte do IPVA em algumas localidades e até do rodízio na cidade de São Paulo e consumo na casa dos 40 km/l de gasolina, similar ao do Prius.
Vai ser nacional?
Só quando a plataforma TNGA estiver instalada no Brasil e entregando o novo Corolla, que tem prioridade total para a Toyota, o jogo poderá mudar. Até lá, um enorme ponto de interrogação paira sobre a nacionalização. Resta saber se no meio tempo um CH-R híbrido e importado vai ser sucesso (relativo) ou mico.
* Viagem a convite de Ford, GM e Anfavea.
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