Toyota russa antecipa rumos do Corolla no Brasil; assista e conheça
O facelift de meia-vida para a 11ª geração do Toyota Corolla já começou a sair do forno. Programado para começar a ser vendido na Europa entre o fim deste ano e início de 2017, o modelo apareceu ao vivo pela primeira vez em apresentação ao mercado russo, no fim da semana passada.
Conforme antecipado por UOL Carros em março, o sedã reestilizado só deve aparecer no mercado brasileiro em meados do ano que vem, e isso significa que nem mesmo uma amostra antecipada no Salão de São Paulo, em novembro, está nos planos da marca.
Motivo para tanta espera está no abismo que o best seller da fabricante criou sobre os concorrentes desde a chegada da atual geração: entre janeiro e março de 2016, para se ter uma ideia, o Corolla vendeu 26.475 unidades, número maior que o de todos os seus concorrentes somados.
Honda Civic, Nissan Sentra, Chevrolet Cruze, Volkswagen Jetta, Renault Fluence, Citroën C4 Lounge, Ford Focus Sedan, Fiat Linea, Kia Cerato, Mitsubishi Lancer, Peugeot 408 e JAC J5 foram responsáveis, juntos, por 25.860 emplacamentos.
Se em time que está ganhando não se mexe, a Toyota quer surfar o máximo possível na onda desta goleada sem precisar se mexer -- o que significa investir.
Como ficou
As primeiras imagens físicas do novo Corolla confirmam a impressão deixada pelos desenhos de estúdio já divulgados. O três-volumes teve visual levemente modificado na dianteira: para-choque musculoso e com secções mais incisivas; faróis mais afilados (especialmente nas pontas internas) e que invadem a grade, esta menor e predominada por divisórias cromadas.
Embora pontuais, as mudanças deixaram o aspecto visual um pouco mais jovem. Não há alterações no desenho das laterais ou traseira.
Por dentro também foram feitos retoques a fim de deixar o ambiente menos "tiozão". A tela digital centralizada do quadro de instrumentos continua com as mesmas 4,2 polegadas, porém agora com gráficos coloridos. A central multimídia foi atualizada para a segunda geração do sistema Toyota Touch, passando de 6,1 para 7 polegadas, e ainda ganhou contornos em preto piano.
Volante recebeu novo acabamento no aro inferior e número maior de comandos multifuncionais. Entretanto, o desenho básico do painel continua igual e um tanto defasado, especialmente em relação às saídas de ar centrais e ao tradicional (porém obsoleto) relógio digital.
Atrás da concorrência
Seria uma boa para a divisão brasileira da Toyota seguir o caminho que a Rússia adotou. Por lá o sedã médio foi incrementado com: ar-condicionado automático de duas zonas, sensores traseiros de estacionamento, vidros elétricos com função um-toque em todas as posições, reforços no isolamento acústico e suspensões retrabalhadas, o que aumentou a altura livre do solo em 1,5 cm.
É provável que o pacote do Corolla brasileiro receba boa parte desses recheios, especialmente porque as novas gerações de Cruze e principalmente do rival conterrâneo Civic estão chegando para elevar o patamar tecnológico do segmento. O item mais importante a estrear na configuração nacional do três-volumes reestilizado será o controle de estabilidade.
No restante do mercado europeu haverá ainda as estreias de rodas de liga leve aro 17, frenagem emergencial, assistente de manutenção de faixa e acendimento automático de luz alta. Não há confirmação quanto a esses equipamentos, mas seriam elementos capazes de enfim equiparar o Corolla com seus mais avançados concorrentes.
Trens-de-força não devem mudar: 1.8 ou 2.0 flex, de 144 e 154 cv (etanol), respectivamente, acoplados a transmissão manual de cinco marchas ou CVT (continuamente variável).
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