Toyota vê pessimismo exagerado e chefão pede: "fique calmo, Brasil"

A fala de inauguração da fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz (SP), na manhã desta terça-feira (10), feita pelo presidente da marca para América Latina e Caribe, Steve St. Angelo, foi do silêncio absoluto da plateia a aplausos entusiasmados, em minutos. O motivo: passionalidade aliada a dados concretos para mostrar que o pessimismo parece um tanto quanto exagerado no país, ao menos do ponto de vista econômico e automotivo.
"Ouço muitos de vocês falando sobre crise, falta de esperança e empregos perdidos, mas ao pessimistas eu digo que lamento: minha confiança no Brasil se baseia em fatos concretos que indicam a recuperação da economia", afirmou St. Angelo, que falou para plateia com políticos ligados ao governo federal e estadual (incluindo o governador do Estado Geraldo Alckmin), convidados e jornalistas.
"Há fortes indicadores de que a economia pode se recuperar rapidamente, já que a dívida externa do Brasil não é preocupante, está em 35% do PIB, enquanto o Japão tem dívida equivalente a 60% do PIB e Estados Unidos ocupam 100% do seu PIB com a dívida", enumerou St. Angelo. "Além disso, há boa base de reservas, com US$ 360 bilhões, é muito espaço para crescimento populacional e consumidores ativos até 2025".
A Toyota trabalha com a base de potencial de crescimento elevado para a frota circulante ainda existente no Brasil. Enquanto os EUA têm quase nove carros para cada 10 habitantes e o México, relação de três para 10, o Brasil ainda possui taxa de menos de dois carros para cada 10 habitantes.
Prontos para crescer
"Em 2015, a Toyota bateu recorde de vendas globalmente e também na região. Foram 378 mil veículos Toyota e Lexus na América Latina, sendo que 47% destes veículos foram vendidos no Brasil", apontou St. Angelo, que também é chairman da Toyota do Brasil.
"[A nova fábrica] permitirá fazer modelos mais confiáveis e seguros, que nos garantirão ter rápida expansão no mercado", afirmou St. Angelo.
De acordo com o executivo, serão 108 mil propulsores 1.3 e 1.5 flex, com bloco de alumínio e comando variável de válvulas entregues para equipar unidades do Etios feitas em Sorocaba. "Estamos só esperando o reaquecimento do mercado para apertar o botão", disse o executivo.
"Acreditamos na recuperação. Nossa economia vai se recuperar. Somos o Brasil", afirmou St. Angelo, elevando a voz. "Brasil, fique tranquilo, teremos nossa recompensa no futuro", concluiu.
Motores 1.8 e 2.0 do best-seller Corolla continuarão a vir importados do Japão, por ora.
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