Hyundai Azera mantém referência em conforto; preço joga contra
Quando a geração anterior do Hyundai Azera foi lançada no Brasil, notabilizou-se pela ótima relação custo-benefício. Com porte grande e excelente recheio, o modelo fez sucesso nas campanhas de marketing foi rei no boca a boca. Com isso, chegou a flertar com a liderança entre sedãs grandes: em 2011, atingiu o pico de 8.476 unidades vendidas, apenas 1.110 atrás do Ford Fusion, referência do segmento.
Ao fim daquele ano, porém, a troca de geração, rebatizada de "New Azera", e a nova regulamentação de cotas para veículos importados fez a marca coreana abandonar a filosofia anterior. Como resultado, o Azera de versão única a R$ 149.990 emplacou meras 498 unidades no primeiro semestre de 2015.
O que ele tem
Em termos de equipamento, o três-volumes ainda é interessante: nove airbags (na contagem da Hyundai; de fato, há bolsas frontais, laterais, de cortina e de joelho); controles de estabilidade e tração; ar-condicionado digital com duas zonas e saídas para a parte traseira; destravamento automático das portas por sensor de aproximação da chave; partida por botão; freio de estacionamento eletrônico; sensores de estacionamento dianteiro e traseiro; câmera de ré; piloto automático; faróis de xenônio com limpador; sensores de luminosidade e chuva; retrovisores externos com desembaçador e função "tilt down"; espelho interno antiofuscante; e teto solar panorâmico.
Mas a concorrência vai melhor: por R$ 15 mil a menos, o Fusion Titanium 2.0 AWD EcoBoost ainda entrega tração integral (a do New Azera é dianteira), assistente de estacionamento, controle de cruzeiro adaptativo, e sistemas preventivos para mudança involuntária de faixa, monitoramento de ponto cego e tráfego cruzado.
Conforto
Agora, se o comprador estiver pensando em conforto, pode enxergar vantagens. A qualidade dos materiais no habitáculo é elogiável, com equilíbrio entre o uso de superfícies emborrachadas e suaves ao toque, plástico e preto brilhante. Embora o volante seja grande demais, a ergonomia agrada, assim como a disposição de central multimídia e saídas de ar. Os comandos são mais organizados que os de rivais de Mercedes-Benz e BMW.
Os bancos dianteiros são aconchegantes e possuem ajustes elétricos, com possibilidade, no caso do motorista, até de esticar a base para melhor acomodar as pernas e memorizar três regulagens padronizadas. O duro é ter que apertar com força (e mais de uma vez) a tela tátil da central multimídia, de oito polegadas, para navegar de uma função a outra.
Apesar de bastante comprido (4,92 m), oferece apenas 2,84 m de espaço entre-eixos (O Fusion entrega 2,85 m). De qualquer forma, cinco passageiros conseguem se acomodar sem problemas no veículo. A perda, na história, está no porta-malas: 461 litros de volume, contra 514 litros do Fusion.
Também não espere rendimento esportivo. Apesar de relativamente leve (são 1.581 quilos) e potente (250 cv), o New Azera oferece torque de carro médio (28,8 kgfm), o que compromete as arrancadas e retomadas. Essa, aliás, nem é a proposta: o caso aqui é manter um ritmo agradável.
Seu grande defeito é ser "beberrão". No teste de UOL Carros, era preciso usar só a "casquinha" do acelerador para deixar o consumo perto de 5 km/l. Quem pisa fundo deve esperar um gasto por volta de 3 km/l. É muito.
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