Fiat quer envelopar e rebaixar carro na concessionária; vai pegar?
Rack de teto, suporte de bicicleta, calha para janela, frisos, rede para compras, revestimento de couro para bancos de carro sem essa opção... esses são acessórios automotivos encontrados em qualquer concessionária de qualquer montadora -- além, é claro, das lojas multimarcas. Mas o que você acha de poder envelopar e até mesmo rebaixar seu carro com mão de obra gabaritada e garantia de fábrica? Esta é a ideia da Fiat, ainda que não para agora.
Envelopamento (cobertura da carroceria com material adesivo para proteção ou personalização da pintura original, que explodiu no país em 2011) e rebaixamento (redução da altura mínima do carro em relação ao solo pela alteração do conjunto de suspensão) são propostas para futuros "produtos" que a montadora pretende oferecer a seus clientes.
Ambas -- e mais o revestimento de couro premium para bancos -- foram classificados como "conceituais" durante exposição paralela ao lançamento da linha 2016 do Fiat Bravo. Um exemplar do hatch devidamente "moparizado" servia como estande -- o neologismo é derivado do nome Mopar, grife de customização ligada à Chrysler (ambas controladas pela Fiat, atualmente).
Estes serviços/produtos complementariam a oferta atual (citada no primeiro parágrafo e que já é vendida há cerca de dois anos) e levariam a "certificação" da Mopar: o processo seria uniforme e executado por funcionários especializados em mais de 650 lojas da Fiat (bem como em lojas da rede Chryser/Jeep) em todo o país; e teria garantia original de fábrica.
Tudo tem seu preço: o processo diferenciado seria de 30% a 40% mais caro que o serviço executado em oficinas genéricas. Ou seja, um envelopamento da Mopar poderia custar R$ 4.000, enquanto oficinas comuns cobram cerca de R$ 3.000.
HORA DE BOMBAR
Qual o objetivo da empreitada? Atrair o cliente de perfil mais popular -- consumidor típico da Fiat -- para a operação da marca americana no Brasil. A Mopar chegou ao país em 2013, na esteira da compra da gigante americana pela montadora italiana.
Estrategicamente, decidiu-se que a primeira frente de trabalho seria a de pequenos acessórios para modelos da Fiat. Agora é o momento de preparar a "Fase 2", com produtos mais ousados -- tanto para a Fiat, quanto para a Jeep, que será a menina dos olhos do grupo com a chegada do Renegade.
"No futuro, podemos até ter uma terceira fase com aquilo que todo o fã da marca Mopar conhece como performance parts", afirmou Norberto Klein, diretor da Mopar para a América Latina, citando os itens que alteram potência, mecânica e performance dos carros.
Esta última fase, porém, ainda está distante e deve ser restrita, com produtos classificados como "de competição" -- uma manobra para limitar a compra... e seguir legislações nacionais. Nada que incomode os planos de Fiat, Chrysler e Mopar.
"Já tivemos um avanço com a liberação legal para carros rebaixados", lembrou o executivo, fazendo referência à resolução de março de 2013 que deu aval a veículos com suspensão rebaixada, fixa ou regulável, que fiquem a até 10 centímetros do chão. "Agora é vencer um pouco da resistência do próprio consumidor e avançar em novas frentes".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.