GM subestimou Tracker e agora é tarde para fabricá-lo no Brasil, diz chefão

Com o mercado de SUVs compactos aquecido globalmente e pegando fogo no Brasil (Jeep Renegade e Honda HR-V se juntam este ano a competidores estabelecidos como o líder Ford EcoSport e o forte Renault Duster, além do Nissan Kicks no horizonte), a General Motors fez um mea culpa neste Salão de Detroit 2015 em relação ao Tracker, que deve ter um substituto em três ou quatro anos.
"Erramos com a estratégia do SUV compacto por considerar que apenas a importação do México seria suficiente", afirmou Jaime Ardilla, presidente da GM para a América do Sul. "Não erramos de produto, só de estratégia, e é tarde demais para alterá-la. Poderíamos vender 40 mil unidades do Tracker no Brasil, mas estamos limitados às 12 mil da cota", disse o executivo, numa referência ao limite de unidades que podem ser importadas pelo acordo com o México. (Em 2014 foram emplacadas 14.170 unidades do modelo.)
Embora a GM ainda não tenha decidido se o futuro SUV será uma nova geração do Tracker ou outro modelo totalmente novo, o certo é que ele fará parte da evolção da atual plataforma compacta do grupo, de onde saem carros como Onix, Prisma e Cobalt.
Fato importante, será fabricado no Brasil -- provavelmente com novas tecnologias de motorização (haverá desenvolvimento de inédita linha de motores, incluindo 3-cilindros) e conforto.
"Essa alteração de estratégia já estava considerada no anúncio de investimento de US$ 6 bilhões para o Brasil que fizemos há 2 meses, afirmou Ardilla. Outra mudança feita pela GM em 2014 foi o fim da importação do Sonic, hatch e sedã, pensados para oferecer conteúdo premium capaz de encarar New Fiesta e outros compactos "com algo mais". O executivo disse que Onix e Prisma, que têm versões completas e opção de câmbio automático de seis marchas, absorveram a demanda.
Viagem a convite da Anfavea
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