Para seguir líder, Fiat terá carrinho, picape média e SUV tipo Eco até 2018
A única meta da Fiat para a América Latina nos próximos cinco anos é manter-se líder de vendas de carros novos no Brasil. Três modelos inéditos -- subcompacto à moda do Volkswagen up!, picape média e crossover compacto -- e algumas viradas de geração estão nos planos.
Nosso país também será um dos propulsores do crescimento global da Jeep até 2018. Até agora, a marca americana nos chega apenas por importação.
São essas as partes que tocam a nós, brasileiros, na apresentação dos novos planos do grupo Fiat Chrysler (FCA) para os próximos cinco anos (2014 incluído), feita nesta terça-feira (6) pelo chefão Sergio Marchionne em Auburn Hills, cidade perto de Detroit (EUA). A frase sobre a Fiat é de Olivier François, responsável pela marca na FCA.
"Hoje estamos aqui como um fabricante global de carros", disse Marchionne, segundo o Automotive News. E ele acrescentou, de modo dramático: "Não estamos iniciando um novo capítulo [de nossa história], e sim um novo livro".
Por ora, não há detalhes sobre os novos modelos da Fiat a serem fabricados no Brasil e na Argentina -- mas temos as datas em que isso acontecerá: o subcompacto e a picape do porte de Chevrolet S10 e Ford Ranger surgem em 2015; e o crossover compacto, mais um candidato a (perdoe-nos o clichê) "anti-EcoSport", em 2016.
Estão previstas também renovações, mais intensas ou menos intensas, para os modelos Palio, Siena, Grand Siena e Punto.
No acumulado de vendas de 2014, até o final de abril, a Fiat lidera nos emplacamentos de carros de passeio e utilitários leves no Brasil, com 22,3% de participação no mercado; a General Motors é a atual segunda colocada, com (relativamente distantes) 17,73%. É líder local desde 2001 -- com exceção de 2004, quando perdeu para a GM.
A Fiat não lança modelos novos no Brasil desde 2011 e, para o ano inteiro de 2014, sua única novidade será a reestilização do Uno.
Na Europa, berço da marca italiana, as vendas gerais de carros novos cambaleiam, e a Fiat prevê andar de lado neste e em todos os anos até 2018, emplacando cerca de 700 mil unidades em cada um. Ao menos no Velho Continente, os planos são relativamente modestos e incluem nova geração e algumas variações do compacto Panda (equivalente ao nosso Uno), inclusive um SUV -- além de uma ampliação da família 500L, notadamente com o crossover 500X (que pode ser o tal crossover nacional de 2016).
A IMPORTÂNCIA DO RENEGADE
No caso do crescimento da Jeep no Brasil e em outros países "emergentes" (leia-se China), a jogada inicial é produzir localmente o Renegade, utilitário compacto que será fabricado em Goiana (PE) a partir de 2015 (e cuja plataforma é a mesma do 500X). A China será o berço de outros três modelos, ainda não revelados. "A previsão é de que Brasil e China representarão 32% do mercado global de SUVs, e nesses países ainda somos marcas de nicho porque só importamos", justificou Mike Manley, responsável pela Jeep dentro da FCA.
Conforme lembra o Automotive News, a Jeep é a única marca do grupo FCA (que inclui ainda as americanas Chysler, Dodge e Ram, e as grifes italianas Ferrari e Maserati, além da Lancia) que realmente pode ser descrita como global. A meta dela é vender, já este ano, cerca de 1 milhão de unidades em todo o mundo (37% mais que no ano passado). A produção inicial do Renegade será na Itália.
Os planos das marcas Alfa Romeo, Chrysler, Dodge e Jeep até 2018 incluem o lançamento de 33 novos modelos e/ou gerações (nove, oito, 12 e quatro, respectivamente). A ambição é grande: apenas a Alfa quer quintuplicar suas vendas, chegando a 400 mil carros.
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