"Sobra" de garantia valoriza carro usado em até 10%
Várias fabricantes de carros passaram a oferecer garantias totais de três e, mais recentemente, cinco anos (Hyundai, Kia), podendo chegar a seis (JAC). Os modelos beneficiados já começam a "rodar" mais no mercado de usados e a ser mais procurados pelos clientes. A "sobra" de garantia de fábrica -- quando o carro é revendido dentro do prazo dela -- valoriza de 5% a 10% o seminovo, de acordo com a Assovesp (Associação dos Revendedores de Veículos de São Paulo).
"Isso agrega valor e sobe o preço da avaliação. Na revenda, será possível conseguir um cliente mais exigente e que não se incomoda em pagar um pouco mais por essa segurança", diz George Assad Chahade, presidente da Assovesp.
Com a garantia de cinco anos, por exemplo, um Hyundai i30 comprado zero em 2011, por exemplo, pode ser comprado nesta semana e ainda contar com mais três anos de cobertura. A garantia segue válida porque está vinculada ao carro, e não ao proprietário dele. Assim, a revenda do modelo é facilitada.
"O cliente que compra um usado sempre tem receio com a manutenção. Se o carro ainda está na garantia de fábrica, ele fica mais tranquilo", explica Nasser Salloum Filho, da área de usados da Caltabiano.
A GARANTIA DE CADA UMA
Fiat | 1 ano* |
Volkswagen | 1 ano e 3 anos** |
Chevrolet | 1 ou 3 anos*** |
Ford | 1 ou 3 anos*** |
Hyundai | 5 anos |
Renault | 3 anos |
Honda | 3 anos |
Toyota | 3 anos |
Nissan | 3 anos |
Citroën | 3 anos |
Peugeot | 3 anos |
JAC | 6 anos |
Kia | 5 anos |
- Uso comercial pode alterar o prazo;
*Freemont tem 3 anos; **total e motor/câmbio; ***depende do modelo
Garantia longa é faca de dois gumes. Um seminovo que poderia ter garantia, mas não tem mais, perderá dinheiro na revenda. "Se por algum motivo o carro perdeu a garantia, a avaliação cai muito", diz Salloum Filho. Não fazer as revisões previstas no manual, por exemplo, anula o benefício.
NEGOCIAÇÃO
A valorização pela "sobra" de garantia depende do modelo e da marca. Na avaliação de um usado, o estado geral ainda é o principal fator. Não adianta estar na garantia e estar batido. "O estado do carro ainda é o que conta mais quando compramos um usado de um cliente. Em concessionárias grandes, fazemos muitas avaliações por dia, não há tempo para checar a validade da garantia", revela Adriano Ribeiro, vendedor da Ford Mix.
A negociação em lojas menores, ou do proprietário diretamente com o interessado, costuma valorizar mais a garantia do que a feita nas concessionárias grandes.
O manual do proprietário, com o carimbo das revisões feitas na concessionária, serve como prova de que o carro ainda está na garantia e indica zelo na manutenção. No entanto, é mais seguro consultar a validade da garantia diretamente com o fabricante. Para usados sem a cobertura de fábrica, a lei obriga ao vendedor dar garantia de três meses para motor e câmbio.
"A garantia sempre é um bom argumento de venda e pode subir o preço para o consumidor final", conclui Ribeiro. Por isso, vale a pena insistir em pedir mais pelo seu usado ainda garantido de fábrica, porque a loja certamente não fará cerimônias para usar exatamente o mesmo argumento na revenda -- e lucrará mais.
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