Falência de projeto mostra que frota 100% elétrica é sonho distante

Falência do projeto Better Place, que pretendia desenvolver postos de troca rápida de baterias, foi um duro golpe para os carros elétricos, em geral, e para a Renault em particular. O anúncio da derrocada foi feito durante o último final de semana. Ideia era boa, mas inviável.
Pensado para Israel e Dinamarca, o Better Place na verdade nunca decolou. Planos anunciados há cinco anos previam vender 100.000 unidades do sedã elétrico Renault Fluence Z.E. até 2016. Só se venderam 1.000 unidades em Israel e 400 na Dinamarca.
Apresentado em 2011, o Fluence Z.E. (de "emissão zero" de poluentes) faz parte de um investimento pesado do grupo Renault-Nissan -- de US$ 5,5 bilhões -- no desenvolvimento de carros 100% elétricos sem cogitar nenhum modelo híbrido.
No caso do sedã, a ideia era vender a versão elétrica pelo mesmo preço cobrado pela versão com motor a diesel na Europa, mas sem a bateria de íons de lítio de 398 V/22 kWh. Parte mais cara do projeto -- sendo mais cara que o próprio carro -- esta seria entregue ao comprador mediante uma espécie de aluguel, com subsídio da montadora e de governos locais. Informações completas da apresentação do projeto, à época, podem ser relidas com um clique aqui.
Daí a importância de empresas como a Better Place para facilitar a recarga e substituição das baterias. Inicialmente, a empresa tinha planos de crescimento na Europa Ocidental e expansão posterior para Califórnia, China, Japão, Canadá, Havaí e Austrália.
De acordo com a agência Bloomberg, o desmoronamento de projetos elétricos não atinge apenas israelenses e franceses. O governo da Alemanha divulgou números ruins sobre o plano de ter 1 milhão de carros elétricos rodando pelo país até 2020. Pelo dados mais recentes, apenas 7.000 unidades foram vendidas. Há rumores, ainda, de que a Audi desistiu de vender a versão elétrica do esportivo R8.
Tudo foi um grande equívoco. (Com Redação)
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