Venda de carros importados cai 30% em 2013, mas modelos premium vão bem

A Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) divulgou balanço nesta segunda-feira (15) registrando queda da venda de carros importados no março, de 40,3% (8.161 unidades emplacadas), em relação a março de 2012 (13.663 unidades). Com a baixa no último mês, o segmento encerrou o primeiro trimestre de 2013 no vermelho, com baixa acumulada de 31,7% (com 24.217 unidades) em relação ao começo de 2012, quando foram emplacadas 35.460 unidades.
Veja o balanço completo da Abeiva para março
De acordo com os dados da entidade, as vendas de marcas associadas somam 23.530 unidades no primeiro trimestre, representando 15% do total de carros importados ao país este ano. Assim, 159.004 unidades (85%) foram importadas por marcas que possuem fábricas instaladas no país.
Curiosamente, o resumo de emplacamentos de importadoras "puras" (que não possuem instalações no Brasil) mostra que as marcas premium, como as alemãs Audi e BMW, passam por situação oposta àquela mostrada pelo balanço geral da entidade. A marca bávara, por exemplo, emplacou 663 unidades no último mês contra 524 em fevereiro, ou seja, alta de 26,5%. A BMW vai bem até na comparação com o período de 2012, quando entregou 590 carros -- neste caso, a alta é de 12,4%.
Este cenário se repete com a Audi, com alta pouco superior a 4% de março em relação a fevereiro (464 unidades emplacadas, 19 carros a mais em um mês) e elevação de quase 30% para 2012 (quando entregou 359 carros).
QUEM PERDE
Assim, como já era esperado, as marcas mais populares e que dependem de maiores volumes, notadamente chinesas, foram as que acumularam maiores perdas e derrubaram os números da Abeiva. Carros caros demais também não tiverem vez.
A JAC emplacou 1.317 unidades e acumulou queda de 10% em relação a fevereiro e 37% para março de 2012. A Chery vendeu 319 unidades, uma melhora de 23% para fevereiro, mas ainda no abismo em relação ao patamar do último ano -- redução de quase 82%.
Para a Ferrari, nada: se emplacou sete unidades em março de 2012, a marca italiana ficou zarada este mês.
OTIMISMO
Apesar dos dados negativos -- mas principalmente pelo cenário analisado -- o comando da Abeiva mantém a postura otimista assumida desde o começo do ano. A expectativa é de que o volume de entregas deve se manter baixo nos próximos meses, mas melhorar no segundo semestre, por conta de adequações das marcas ao novo regime automotivo (Inovar-Auto) e consequente aumento das cotas de importação com redução de imposto (e do preço final).
"A queda nesses primeiros três meses do ano, para nós, foi mais intensa do que poderíamos esperar. No entanto, estamos confiantes de que o volume deverá melhorar, principalmente no segundo semestre do ano, quando as empresas que confirmaram produção no Brasil poderão se habilitar a uma cota adicional", afirmou o presidente da entidade Flavio Padovan, também presidente da Jaguar Land Rover do Brasil.
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