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Em busca do PIB perdido, governo segura IPI de veículos até fim do ano

No final de 2012, expectativa era de aumento gradual do IPI durante 2013; agora, tudo fica como está - Flix Zucco/Agncia RBS
No final de 2012, expectativa era de aumento gradual do IPI durante 2013; agora, tudo fica como está Imagem: Flix Zucco/Agncia RBS

Do UOL, em São Paulo (SP)

31/03/2013 00h09

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse neste sábado (30), em entrevista ao Jornal Nacional da Rede Globo, que o governo suspendeu a volta do IPI integral até o final do ano. Com isso, os aumentos programados para a próxima segunda-feira (1/4) e para julho, que recolocariam o imposto no patamar pré-incentivo, foram suspensos.

Em outras palavras: os preços de carros zero-quilômetro não têm qualquer "desculpa tributária" para subir até 31 de dezembro.

Mantega disse que a medida é para "não haver risco" de queda nas vendas de veículos ao longo de 2013. Cerca de 25% de toda a produção industrial do Brasil é do setor automotivo, estimou o ministro. Caindo as vendas, cai a produção. E o PIB vai junto. Este é o cenário que o governo federal quer evitar a todo custo: um índice de crescimento total da economia medíocre também neste ano (as previsões atuais ficam entre 3% e 4%).

Vale notar que o governo apenas paralisou a recomposição da alíquota integral do IPI. Por exemplo, os carros de motor 1.0, que chegaram a gozar de isenção total do imposto no ano passado, terão mantida a taxa de 2% -- em julho, ela chegaria a 7%.

Veja abaixo como ficaram as faixas de tributação até o final deste ano:

Carros até 1.0 -- IPI de 2%
De 1.0 a 2.0 com motor flex -- IPI de 7%
De 1.0 a 2.0 a gasolina -- IPI de 8%
Acima de 2.0 com motor flex -- 18%
Acima de 2.0 a gasolina -- 25%
Utilitários -- IPI de 2%

As principais previsões para as vendas de veículos novos este ano são de um crescimento de cerca de 4% na comparação com 2012.