Elétrico da Tesla tem supertela a bordo e sonho de fazer a Europa
Não dá para dizer que falte ousadia à Tesla. A empresa californiana de carros 100% elétricos chega ao seu décimo ano de vida brigando com a imprensa e preparando sua entrada no mercado europeu, onde os modelos de mesma propulsão que já circulam são quase todos populares ou de meio de gama, e adaptações de plataformas projetadas para motores a combustão (exemplo perfeito: Renault Fluence ZE).
Já os carros da Tesla são concebidos como elétricos desde a prancheta, e têm proposta de conteúdo e acabamento de luxo. Um deles, o Model S, é um sedã de luxo com visual que lembra Aston Martin e Maserati, e que promete números de desempenho instigantes -- com bateria de 85 kWh, o carro vai de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos (dados da fábrica). É este carro que começa a ser vendido na Europa em julho, depois de emplacar cerca de 4.000 unidades nos Estados Unidos desde junho de 2012.
No Salão de Genebra, o estande da Tesla é relativamente modesto e bastante apertado. São apenas três carros, inclusive um protótipo de crossover, o Model X, com portas asa-de-gaivota (ou de falcão, como prefere a Tesla), perfil de BMW X6 e sete lugares. Nos dias de visitação da imprensa, o local esteve sempre cheio -- em grande parte devido ao incrível interior do Model S (esboçado também no futuro X, que será lançado em 2014).
CONHEÇA A SUPERTELA DO TESLA
Nele, uma tela interativa de 43 cm de altura (cerca de 17 polegadas) domina o painel frontal e o console. Por meio dela, o motorista comanda praticamente tudo no Model S, do acionamento dos faróis até a imagem da câmera de ré; e obtém informações de parâmetros de condução, eficiência energética e atualização de softwares. UOL Carros gravou um breve vídeo para mostrar o funcionamento deste megagadget, cuja superfície é tátil, e a navegação, intuitiva.
O Tesla Model S, cuja silhueta é próxima à de cupês de quatro portas, tem como rivais -- segundo um assessor da marca que estava em Genebra -- carros como Mercedes-Benz CLS e Audi A7 Sportback, e preço europeu estimado em 60 mil euros (R$ 162 mil). Nos EUA, vale US$ 52.400 (motor de 40 kWh), US$ 62.400 (60 kWh) e US$ 72.400 (85 kWh); a versão S Performance (potência de 420 cavalos e torque na casa dos 60 kgfm, permanentemente disponíveis) custa US$ 87.400. Na conversão sem impostos, a faixa de preços é de R$ 100 mil a R$ 200 mil.
Com uma única carga, a bateria de íon-lítio de maior capacidade garantiria uma autonomia de cerca de 480 km ao Tesla S Model. A garantia da peça é de oito anos. A empresa da Califórnia tem rebatido críticas à performance do sedã, especialmente no que se refere à autonomia, que já teriam prejudicado suas vendas nos EUA e poderiam atrapalhar seus planos para o Velho Continente. Comprou briga até com o poderoso programa Top Gear. A ver.
Interior do Tesla Model S, com a megatela de 17 polegadas: tecnologia é isso aí
O jornalista viajou a Genebra a convite da Fiat
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