Volkswagen Fusca vira "regueiro" nos EUA e causa polêmica
A Volkswagen dos Estados Unidos divulgou seu comercial para o Super Bowl (a decisão da temporada de futebol americano), deste ano, marcada para o primeiro domingo de fevereiro, dia 3.
A propaganda custou US$ 8 milhões (cerca de R$ 16 milhões pelo câmbio atual) usa um Beetle (o novo Fusca deles) vermelho, um escritório com os engravatados de sempre (cujo perfil lembra muito os dos personagens das tirinhas do Dilbert) e brinca com a ideia da segunda-feira de ressaca no trabalho, normal após o domingo de farra do Super Bowl.
A proposta para ter um dia mais feliz tem tudo a ver com ideia descompromissada e retrô do carro. O clima escolhido foi o de reggae, com o personagem principal da história, um típico trabalhador ianque de escritório, falando no tom solto, suingado e cheio de rimas conhecidas dos cantores jamaicanos. A escolha da trilha sonora, aliás, foi primorosa: o cantor Jimmy Cliff, um dos principais nomes do gênero, assina a composição.
Apesar disso, problemas de relacionamento, aceitação e um grande exagero na questão do politicamente correto, ao que parece, levaram muitos americanos a reclamarem da propaganda, acusando-a de conter conteúdo que denigre os caribenhos.
De toda forma, polêmicas e boas propagandas movem o intervalo comercial do Super Bowl, que tem tradição de exibir vídeos curiosos e criativos de fabricantes de carros, todos orçados em milhões de dólares (são alguns dos instantes mais caros do mundo em publicidade), por espaços ínfimos de 30 segundos ou um minuto -- geralmente o tempo que o torcedor do futebol americano leva para ir à cozinha buscar uma cerveja, enquanto o jogo não recomeça.
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