Smart muda o foco e se vende como conversível mais barato do Brasil
A Mercedes-Benz do Brasil anunciou há cerca de dois meses a chegada do smart fortwo 2013, que traz novidades pontuais para ficar mais "masculino" (nas palavras da companhia), além de pequenas adequações de itens de série e postura de vendas. A linha de preços foi mantida, mesmo com a inconstância do IPI ao longo do ano, e começa em R$ 52.500.
O smart não deixa de focar as classes A e B, até porque custa mais de R$ 26 mil por porta, mas a estratégia de ser vendido apenas em lojas exclusivas dá lugar a algo mais sensato: cantinhos dedicados nas lojas Mercedes-Benz que já existem pelo país, com equipe exclusiva de vendedores, elevando o número de pontos de venda de oito para treze até o final de 2013. Há ainda uma campanha informal, feita verbalmente pelos representantes, sem mídia, apontando a configuração cabrio, de pouco mais de R$ 72 mil, como o conversível mais barato do Brasil -- uma chance de rodar com cabelos ao vento por menos de R$ 100 mil.
Com isso, o smart tem os seguintes preços e configurações:
- smart fortwo mhd coupé: R$ 52.500
A versão inicial da gama, com motor 1.0 aspirado de 71 cavalos, sistema start/stop (a Mercedes chama a tecnologia de micro hybrid drive, daí a sigla que dá o sobrenome ao carrinho), direção elétrica, airbag duplo e freios com ABS (antiblocante), BAS (gerenciamento de força) e assistência de partida em aclive, incorpora o grosso das atualizações visuais, que tentam dar mais robustez ao modelo e atrair mais homens.
Com isso, o logo ficou maior, ganhou pintura cromada e desceu para a grade, que também é nova, com estilo colmeia e cor preta; as tomadas de ar do para-choque estão maiores; há spoilers dianteiros, traseiros e laterais (saias); os LEDs de iluminação diurna perderam o jeitão de "broche" e agora têm a forma de linha. A mais importante mudança, porém, atende antiga reivindicação dos clientes: os pneus passam a ter o mesmo tamanho das demais versões, embora os dianteiros (175/55) sigam diferentes dos traseiros (195/50); as rodas de liga leve seguem com 15 polegadas, mas exibem novo desenho.
- smart fortwo turbo coupé: R$ 68.500
Com o mesmo motor 1.0 reforçado por turbo, gera 84 cv, tem teto panorâmico de policarbonato, ar automático e acresecenta, em relação às novidades do mhd: nova cor cinza fosco para a carroceria; tela de 6,5 polegadas sensível ao toque e escamoteável reunindo sistema de som, navegação por GPS e telefonia por Bluetooth.
- smart fortwo turbo cabrio: R$ 72.500
O mesmo do pacote anterior, mas com o teto rígido substituído por capota elétrica de tecido preto.
- smart fortwo turbo cabrio tritop: R$ 72.900
Altera o pacote anterior com a capota de tecido nas cores azul ou vermelha.
As mudanças tentam melhorar a vida do carrinho, que já não vende tão fácil quanto na chegada ao país, em 2009 (releia aqui). Rivais maiores e mais baratos, como o Fiat 500 mexicano e a linha Mini, e a mão forte do governo sobre os importados fizeram as entregas despencar: em 2010, foram 1.500 unidades; agora, com 3/4 do ano percorridos, o smart entregou apenas 1/3 daquela época: 500 carros.
Os rivais do smart:
NA ESTRADA
UOL Carros rodou uma semana com o smart cabrio 2013 e tratou de complementar a avaliação feita há exatos três anos: há época, colocamos o carrinho em todas as brechas da cidades de uma cidade grande e tumultuada (releia aqui) e ele se deu bem; agora, privilegiamos o trajeto rodoviário, em quase 400 quilômetros de estradas. Vale ressaltar que se o smart não chama mais tanta atenção quanto na chegada, ainda há pescosços que se torcem ao longo do trajeto, mas em grande parte sustentando cabeças femininas -- as alterações parecem ter surtido pouco efeito no sentido de agradar mais ao público masculino.
Rodando, o smart mostra sim uma pegada mais urbana, até por dar a impressão de ser ainda menor na imensidão da estrada -- são 2,69 metros de comprimento com espaço entre-eixos de 1,86 m. Mas o fôlego do motor turbo e o preparo do conjunto, com bons itens de série e segurança na medida, não fazem feio e o smart acelera rápido e tem boas retomadas, principalmente se o condutor abrir mão das trocas feitas pelo câmbio automatizado de cinco velocidades e decidir subir e descer marchas por conta. O problema vem apenas na casa dos 120 km/h, quando os giros ficam muito altos e fazem o motor reclamar: uma sexta marcha daria conta do recado, mas como ela não existe, sofrem os ouvidos dos ocupantes e o consumo, que ficou na casa dos 11,5 km/l, quando poderia ter beirado os 20 km/l (segundo a fábrica).
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