Toyota Etios sedã, maior e com porta-malas gigante, se descola do hatch e mira Versa, Logan e Cobalt

Chevrolet Cobalt, Nissan Versa e Renault Logan: três exemplos maiúsculos de que racionalidade é capaz de vender carro no Brasil. Os três modelos citados não são referência de design e agradaram ao consumidor brasileiro por ter espaço de sobra e preço competitivo dentro da realidade nacional.
Quem quer se aproveitar da mesma fórmula a partir de agora é a Toyota, com o lançamento do Etios sedã. Disponível em três versões de acabamento e com preços a partir de R$ 36.190 (para conhecer todos os preços e versões, clique aqui), o popular quer abusar do porta-malas gigante para cativar o público deste perfil.
IMPRESSÕES
UOL Carros avaliou a versão XLS, de R$ 44.690, do compacto -- vale lembrar que na configuração três-volumes o Etios só dispõe do motor de 1,5 litro, que rende 97 cv e 13,9 kgfm de torque com etanol (92 cv e 13,9 kgfm com gasolina).
O Etios é um carro leve, seja qual for a carroceria (veja aqui a ficha técnica). Com os 980 kg da versão avaliada, o motor 1.5 responde bem à vontade do motorista, auxiliado também pelos comandos precisos do câmbio (manual de cinco marchas). A 120 km/h, o modelo rodava em quinta marcha com o motor na casa das 2.500 rpm e a impressão é de que havia algo maior do que um motor de 1,5 litro sob o capô. Podia ser ainda melhor se os engates fossem mais curtos. O consumo médio anotado foi de 8 km/l, apenas razoável para um carro tão leve, em trechos mistos de cidade e estrada, com etanol.
O silêncio da cabine era a maior surpresa: o preparo acústico do interior do carro é o quesito mais notável do carro.
O painel é igual nas duas versões e tem ergonomia sofrível: longa distância entre conta-giros e motorista, porta-luvas com abertura controversa e marcador de combustível minúsculo; o isolamento acústico interno, porém, é digno de elogios -- a 120 km/h, não parecia haver um motor 1.5 trabalhando sob o capô, mas um propulsor bem maior
RUIM DE CURVA
O Etios sedã faz menos curva que o hatch, mesmo tendo motor mais forte -- o principal agente disso é o porta-malas avantajado. A carroceria rola demais em trechos sinuosos, atrapalhada pela suspensão despreparada para tal e pelas rodas de 15 polegadas (nas versões inferiores, de 14'').
A mesma suspensão sem talento para curvas (já tradicional entre carros populares, tipo McPherson na dianteira e por eixo de torção na traseira) é honesta e permite um rodar agradável com o carro, sem batidas secas em buracos e valetas. Ela clareia ainda mais o objetivo do Etios: ser calmo, sem abusos.
LOGAN?
"É o Logan da Toyota?" deve ter sido a pergunta mais ouvida pela Toyota durante a apresentação do carro ao público, por meio de eventos nas principais capitais do país. O desenho do Etios sedã é muito próximo ao do hatch na dianteira e, digamos, semelhantemente "desproporcional" na traseira.
As lanternas são gigantes e parecem "vesgas" -- elas parecem estar olhando uma para a outra. Fora isso, o friso cromado disponível somente na versão topo de linha também é grande demais e totalmente desnecessário (cubra-o com o dedo: sem ele a traseira não ficaria melhor?).
A traseira do Etios sedã tem lanternas enormes e "vesgas" e friso cromado desnecessário -- o desenho do modelo foi criado pela Toyota indiana e ganhou poucas modificações para o Brasil
Tudo isso teria que resultar em alguma vantagem. E ela é o tamanho do porta-malas: na posição padrão, ele que consegue carregar até 562 litros de bagagem -- apenas 1 litro a menos que o bagageiro do Chevrolet Cobalt.
INTERIOR
Por dentro o Etios sedã é o mesmo que o hatch, ou seja, um popular de acabamento simples e conversador, nada ergonômico -- as soluções mal-elaboradas do quadro de instrumentos são as mesmas. E pasme: na tentativa de aumentar ainda mais o espaço no terceiro-volume, o macaco e a chave de roda ficam localizados abaixo dos bancos dianteiros (um de cada lado), bem longe do estepe do porta-malas. Tentativa frustrada, vale dizer, uma vez que a praticidade foi para o espaço: imagine ter de trocar o pneu, na chuva, à noite, e depois ainda ter que rodar o carro para juntar os acessórios. No fim das contas, vão acabar, mesmo, é jogados dentro do porta-malas.
O espaço traseiro é melhor que o do hatch, graças aos 11 cm a mais de entre-eixos (2,46 m no dois-volumes e 2,55 m no sedã). Nele cabem três pessoas sem briga, com bom espaço para pernas e cabeças. Duas pessoas vão tão bem quanto em um sedã médio.
Assim como o hatch, o Etios sedã é oferecido com três anos de garantia. Espaçoso, ele apela à confiabilidade que a marca Toyota carrega no nome e aos centímetros a mais na cabine e litros extras no porta-malas para atrair clientes que hoje compram Cobalt, Versa, etc. Se você procura um carro neste perfil, recomendamos dar uma boa volta com todas as opções do segmento.
O porta-malas do Etios sedã consegue carregar até 562 litros de bagagem -- apenas 1 litro
a menos que o do Chevrolet Cobalt, a referência da categoria no quesito "bagageiro"
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