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Emerson Fittipaldi cobra segurança para carros brasileiros em seminário global

Bicampeão de F-1 e com experiência automotiva, Fittipaldi endureceu fala contra carros feitos por aqui - Thaís Ribeiro/Brazil Photo Press
Bicampeão de F-1 e com experiência automotiva, Fittipaldi endureceu fala contra carros feitos por aqui Imagem: Thaís Ribeiro/Brazil Photo Press

André Deliberato

Do UOL, em São Paulo (SP)

22/08/2012 19h03Atualizada em 22/08/2012 19h48

O ex-piloto Emerson Fittipaldi cobrou das montadoras brasileiras mais segurança nos carros produzidos no Brasil. Convidado de um seminário sobre segurança viária organizado pela FIA (Federação Internacional do Automobilismo) em conjunto com o BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento), realizado nesta quarta-feira (22) na cidade de São Paulo, o bicampeão mundial de Fórmula 1 pediu evolução dos veículos locais.

MORTES NO TRÂNSITO

NO MUNDONO BRASIL
1,3 MILHÃO de pessoas por ano48 MIL pessoas/ano
17 a cada 100 mil habitantes22 a cada 100 mil habitantes

"Os carros nacionais precisam evoluir, pois estão 30 anos atrasados em relação aos modelos internacionais. Infelizmente, hoje um carro no Brasil pode ser uma arma", afirmou Fittipaldi. "Não basta o governo oferecer infra-estrutura, também é preciso maior conscientização do povo. O projeto ajuda muito, mas a mudança depende de nós".

Ainda ativo em assuntos ligados ao universo automotivo, e também nos bastidores de competições automotivas, Fittipaldi fez referência ao projeto "Construindo o Caminho Rumo a Segurança Rodoviária" bancado pela Fia e pelo BID, que visa reduzir o número de mortes no trânsito por todo o mundo. 

A iniciativa prevê um investimento destinado ao Brasil de US$ 2 bilhões para 2012, sendo que US$ 300 milhões têm destinação certa: repasses para o financiamento de obras rodoviárias.

OUTRO ENCONTRO

  • Claudio Luis de SOuza/UOL

    Em junho de 2011, Fittipaldi 'apresentou' o Camaro conversível a UOL Carros, nos EUA.

PROJETO GLOBAL
O plano criado pela FIA e pelo BID tem alcance global: o objetivo principal é salvar 5 milhões de pessoas que podem ser vítimas de acidentes de trânsito com ferimentos graves ou fatais até 2020. Com dois icônicos embaixadores -- o presidente da FIA Jean Todt (conhecido pelos anos à frente da escuderia Ferrari de F-1) e a atriz malaia e embaixadora mundial da segurança viária, Michelle Yeoh (de "O Tigre e o Dragão") --, a ação incentiva a criação de campanhas de educação de tráfego e outras medidas ao redor do mundo.

O Brasil está em foco por ser palco das próximas edições da Copa do Mundo (2014) e dos Jogos Olímpicos (2016), que deverão atrair milhares de visitantes -- e motoristas -- de todo o planeta.