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Kia Sorento com cara de sedã estreia em Paris e chega no começo de 2013

Novo Sorento adota grade do sedã Optima e estreia no Salão de Paris - Divulgação
Novo Sorento adota grade do sedã Optima e estreia no Salão de Paris Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo (SP)

16/08/2012 13h40

A sul-coreana Kia Motors revelou nesta quinta-feira (16) imagens e detalhes técnicos reais do novo Sorento, SUV que será apresentado oficialmente durante o Salão do Automóvel de Paris, em setembro, e que deve chegar ao Brasil ainda no primeiro semestre de 2013 -- o modelo deveria ter sido mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo, mas abriu espaço para o primo-irmão Hyundai Santa Fe. Há dois meses, haviam sido divulgadas imagens criadas por computador, para exposição de formas.

Todas as informações divulgadas agora são referentes ao novo modelo a ser fabricado na Coreia do Sul sobre a mesma plataforma do Hyundai Santa Fe, renovado no começo deste ano. O Sorento também é fabricado nos Estados Unidos, em configuração feita para agradar o gosto do norte-americano, mas os detalhes deste modelo (que não interessam muito ao brasileiro) serão divulgados posteriormente. Segundo informação prévia de uma fonte ligada à marca, as vendas mundiais do novo modelo começam em setembro, junto com a apresentação do carro em Paris. No Brasil, o lançamento oficial fica para 2013 -- a primeira data de chegada às lojas estava situada dentro "do primeiro trimestre de 2013". Mas assim como os preços ainda não estão definidos, o desembarque pode ser prejudicado pela falta de possibilidade da marca em contornar a atual política de IPI para importados.

Kia Sorento e Hyundai Santa Fe seguem dividindo mecânica, como a motorização revista para fornecer mais performance com menor gasto de combustível e emissão de poluentes.

COMO ELE É

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    Acima, o Sorento vendido atualmente por aqui

O novo Sorento, que deve ser lançado como modelo 2014, adota elementos visuais já conhecidos do universo concebido pelo projetista alemão Peter Schreyer e equipe para a marca coreana. Do sedã Kia Optima são herdados a ampla grade (com a tradicional referência ao focinho de tigre) e os faróis afilados com linha de LEDs e canhões de xênon. Curiosamente, a ligação com o atual modelo vendido no Brasil se dá por elementos mantidos no para-choque frontal, como as tomadas de ar paralelas e os nichos das luzes de neblina (embora as lâmpadas agora estejam verticalizadas). A sensação de que nada mudou também domina a mente quando se observa a lateral do modelo.

Assim, o grosso da mudança na aparência do SUV fica para a traseira, que adota uma linguagem mais típica de sedã, com lanternas horizontalizadas, dotadas de LEDs e que correm da borda dos para-lamas para o centro da tampa do porta-malas. Este padrão, aliás, faz com o que modelo pareça demais com as criações da Audi -- impossível deixar de pensar em modelos como o cupê A5 ou os SUVs Q5 e Q7. Rodas grandes, de até 19 polegadas, e teto solar panorâmico com duas lâminas, que deixam todos os sete ocupantes com visão do céu, também são itens inspirados nos alemães.

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    Apesar da lateral praticamente intocada, traseira está mais leve com lanternas horizontalizadas

TREM-DE-FORÇA
O capô tem pontos mais elevados, para atender às normas europeias de segurança sem prejudicar ainda mais a aerodinâmica de um modelo grandalhão. Por debaixo, motores revistos prometem entregar de 176 a 280 cavalos (blocos a gasolina) ou de 150 a 197 cavalos (propulsores a diesel, proibidos no Brasil). O bloco 2.4 Theta II a gasolina teve pistões, cabeças de cilindros, sistema de injeção direta e de admissão de ar revistos para gerar 9% mais de potência (192 cv), 6% mais de torque (24,67 kgfm) com maior eficiência. Há ainda o 3.5 V6 Lambda de 280 cavalos e o 2.4 Theta II com injeção multiponto de 176 cv -- este último é uma variação do bloco utilizado atualmente no modelo vendido por aqui.

Em todos os casos, o comando fica por conta do câmbio de seis marchas (manual ou automático), com opção de tração dianteira ou integral (4WD).

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    Interior ganhou equipamentos, mas segue conservador demais, característica dos coreanos

O interior da cabine também mudou, embora o padrão coreano ainda deixa o ambiente contido demais (na comparação com modelos europeus). O painel de instrumentos segue tendo três "copos", com o central sendo projetado sobre tela de LCD. No console central, nova tela de LCD de oito polegadas para entretenimento, revestimento de couro para a alavanca de câmbio e (finalmente) sistema Bluetooth de telefonia. 

Aquecimento (para a primeira e segunda filas) e ventilação (apenas para a primeira, mantendo saídas de ar para as filas traseiras) de assentos e vidros com proteção contra raios ultra-violeta fazem parte da lista de mimos das versões mais caras, enquanto a segurança fica a cargo de até seis aribags, discos de freios maiores (320 mm), ABS com EBD, controle de estabilidade, assistentes de partida em terrenos inclinados e de estacionamento (manobra automática e câmera de ré), além de sensores de ponto cego e de mudança de faixa.