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Peugeot insiste em demissões após perder US$ 800 mihões no 1º semestre

Trabalhadores da PSA fazem manifestação contra o fechamento da fábrica de Aulnay, na França - Gonzalo Fuentes/Reuters
Trabalhadores da PSA fazem manifestação contra o fechamento da fábrica de Aulnay, na França Imagem: Gonzalo Fuentes/Reuters

Laurence Frost

Da Reuters, em Paris (França)

25/07/2012 12h03

A PSA Peugeot Citroën se mostrou decidida a levar adiante o plano de reestruturação após ter anunciado um prejuízo no primeiro semestre que considera um risco para o próprio futuro.

A segunda maior montadora da Europa teve um déficit de 662 milhões de euros (US$ 800 milhões) na divisão de automóveis no primeiro semestre, fechando no vermelho tal como tinha alertado no começo do mês ao anunciar 8 mil demissões e o fechamento de uma fábrica.

"A profundidade e a persistência do impacto da crise sobre o nosso negócio na Europa exige o início de uma reorganização", disse o presidente-executivo Philippe Varin nesta quarta-feira (25). "Temos um claro entendimento do quão penoso esse plano é para um grande número de empregados", acrescentou.

Ao apresentar os resultados enquanto executivos negociavam com sindicatos a redução de 10% do quadro de funcionários na França, a PSA disse que os cortes vão ajudar a economizar 1,5 bilhão de euros até 2015.

Cerca de 2 mil funcionários da empresa se reuniram em frente à sede da montadora em Paris para protestar contra as demissões, em marcha que passou pelo Arco do Triunfo e parou o trânsito.

"Este plano é inaceitável e injustificável", disse Jean-Pierre Mercier, do sindicato CGT.

As redundâncias, junto com o fechamento de uma fábrica perto de Paris e 6 mil demissões na Europa anunciadas no ano passado, vão gerar uma econômica de 600 milhões de euros até 2015, segundo a montadora.

A fabricante também quer cortar 550 milhões de euros em investimentos e gerar outros 350 milhões por meio de uma aliança com a General Motors.