Nissan Altima ronda São Paulo e pode estar de olho no rival Fusion
"O carro estava correndo muito no trecho entre a Castelo Branco e a Raposo Tavares... Me pareceu um Honda Accord ou um Toyota Camry". Assim começava o trecho da mensagem do leitor Luis Mokdeci, de Cotia (na Grande São Paulo), que avistou um sedã-médio grande de estilo oriental circulando camuflado pelo Rodoanel no último sábado (12). Nesta terça-feira (15), foi a vez de Demilson Defácio ser ultrapassado pelo mesmo sedã, que quase escapou do flagra ao sair "voando" da praça de pedágio do Rodoanel na região de Mauá.
Após observar as três imagens feitas pelos internautas, pesquisar e fazer algumas ligações, UOL Carros desvendou o mistério do sedã voador: trata-se do Altima 2013, quinta geração do médio-grande que a Nissan sequer lançou nos Estados Unidos e que terá a missão de complicar a vida do novo Fusion por lá. Mas o que este carro estaria fazendo no Brasil?
Sabemos que esta não é a primeira aparição de um carro de porte da aliança Renault-Nissan no Brasil. O crossover Qashqai e o sedã de luxo Infiniti M já deram as caras por ruas e estradas, há pouco tempo. Basta clicar aqui para lembrar. Tudo leva a crer que o grupo busca um modelo que fuja da atual cara do portfólio das marcas, restrito a modelos compactos e mais populares. Convenhamos: um sedã médio-grande na faixa de R$ 85 mil a 95 mil teria mais chances de vingar por aqui, que os espalhafatosos e caros Infiniti. E nesse patamar o Altima se encaixaria com perfeição, embora a Nissan despiste.
"Esta unidade do Altima está no Brasil sob importação temporária, de seis meses, para testes de durabilidade. Não há qualquer panorama para ele a curto prazo", nos afirma uma fonte da marca. Tudo bem, mas e a médio e longo prazos? "O novo regime com o México complicou a vida da Nissan neste ano, mas temos dez lançamentos para serem distribuídos até 2016, tudo é possível", desconversa o informante.
De fato, o principal entrave à vinda do Altima está no fato do modelo não ser fabricado no México, de onde poderia ser importado sem pagar taxas ou o super-IPI de 35%, a exemplo de Sentra, Tiida, March e Versa. A nova geração do sedã será fabricada a partir desta semana na unidade da Nissan no Tennessee, nos Estados Unidos, país que não participa do acordo comercial com o Brasil.
Altima é fundamental na luta da Nissan contra a Ford nos EUA. Plano se estenderia ao Brasil?
Para os americanos, o novo Altima começa a ser vendido em junho, com três versões de acabamento, duas opções de motores e preços que variam de US$ 22.500 a 30.080 (algo entre R$ 45 mil e 60 mil, sem contar frete e impostos). Apenas para comparar, o Ford Fusion atual pode ser comprado nos EUA por iniciais US$ 21 mil (quase R$ 42 mil). O foco do Altima 2013, porém, é o Fusion 2013, que chega no terceiro trimestre para os americanos e já está prometido também para o consumidor brasileiro (provavelmente apenas em 2013). Percebe a ligação?
O brasileiro Carlos Ghosn, presidente da Renault-Nissan, cansou de declarar que pretende ver sua aliança entre as grandes fabricantes do mundo em pouco tempo. Para isso, a meta primordial é atropelar a Ford. No Brasil, as duas marcas (Renault e Nissan somadas) têm o mesmo objetivo: deixar a Ford comendo poeira, seja com o Duster partindo para cima do EcoSport, March atropelando Fiesta e Ka ou, quem sabe, com o Altima marcando pesado o novo Fusion.
E por falar em marcação, nenhum dos leitores conseguiu acompanhar o Altima flagrado por conta da provável artilharia do modelo. A dupla ponteira de escapa avistada nas imagens nos leva a crer que o carro que roda no país está equipado com motor V6 de 3,5 litros e 24 válvulas, capaz de gerar 285 cavalos. A opção mais básica do Altima conta com motor de 2,5 litros, quatro-cilindros, com 185 cv. Em ambos, a injeção de gasolina é direta e o comando é feito por caixa do tipo CVT com acionamento eletrônico, que pode ter opção de troca manual de marchas por borboletas no volante.
O pacote de itens é bom, com seis airbags, freios com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição eletrônica de frenagem), controle de tração, câmera de ré e monitoramento de pressão dos pneus de série, além de lanternas com LEDs, rodas aro 18, ar de duas zonas, até oito regulagens elétricas para os bancos e retrovisores externos com aquecimento, repetidor de seta e rebatimento elétrico. Fica a expectativa.
Se você fotografar ou filmar um carro diferente e/ou camuflado, envie as imagens para UOL Carros, com seu nome completo, RG ou CPF, telefone, cidade de residência e local do flagrante. A critério da Redação, elas podem ser publicadas, sempre com o devido crédito ao autor. Não há remuneração.
Para enviar, use o e-mail uolcarros@uol.com.br
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