GM promete "transformação" em 2012 com novidades em todos os segmentos
O ano de 2011, há pouco encerrado, trouxe um grande desafio para a GM do Brasil -- provar que a empresa poderia se reinventar rapidamente, sob o risco de ficar presa no passado e deixar de representar uma opção a um consumidor mais exigente. Novos modelos foram apresentados, ícones aposentados, mas a marca perdeu participação de mercado e o desafio prossegue em 2012 e de forma mais árdua. Foi o que admitiu a presidente da marca, Grace Lieblein, em entrevista concedida à jornalistas brasileiros neste domingo (8), véspera da abertura do Salão de Detroit.
"A Chevrolet terá sete novos veículos para o Brasil em 2012. É um ano de transformação e estamos complemente renovados", afirmou a executiva, que conta cada apresentação de produto como um novo "veículo" e acredita na recuperação das vendas ao longo do ano. "Teremos boas vendas, porque teremos novos carros em todos os segmentos, bons serviços e preço competitivo", apontou.
Após a vinda do Cruze (sedã médio) e Cobalt (médio-compacto ou médio para emergentes) em 2011, a GM prepara a estreia da nova geração da picape média S10, da carroceria hatch do Cruze, do Cobalt automático e ainda guarda algumas surpresas para o restante do ano -- novos monovolumes devem ser apresentados para aposentar Meriva e Zafira, assim como o compacto Sonic pode chegar até o final da temporada, importado com imposto zerado do México.
A GM aumentou a capacidade de suas principais fábricas no país, São Caetano do Sul (em São Paulo, para entregar Cobalt e Cruze) e Gravataí (no Rio Grande do sul, de onde virá a família compacta Onix até o final do ano), mas não descarta a possibilidade de erguer novas unidades. A marca, porém, esbarra na falta de provisões momentânea: a verba de R$ 5 bilhões e o plano de cinco anos que a geria se encerram agora em 2012. O próximo passo, um novo plano plurianual e novo aporte de verbas, ainda levará um tempo para ser amadurecido e apresentado. Enquanto isso, as rivais Fiat e Volkswagen devem inaugurar novas unidades (muito provavelmente no Nordeste), de onde sairão novos modelos de volume. A Ford também faz anúncios de ampliação de sua capacidade produtiva no pais.
"Estamos estudando a possibilidade de fazer novas fábricas, assim como o que faremos nos próximos cinco anos. Ainda não estamos prontos para dizer o que faremos, mas anunciaremos em algum momento do ano", admitiu Grace Lieblein.
Mundialmente, o momento da GM é promissor: a marca se recuperou nos Estados Unidos, após o período de vacas quase mortas de 2008/09, e fechou o último ano com crescimento de 14%. O rendimento das marcas do grupo (GMC, Buick, Cadillac e Chevrolet) também foi interessante ao redor do globo, sobretudo na China, ajudando o grupo a recuperar a liderança automotiva mundial. Isso dá ânimo extra à filial brasileira.
* Viagem a convite da Anfavea
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