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Contra 'lado negro' da Volks, ambientalistas fazem vídeos bem-humorados

Rebeldes mirins enfrentam o vilão "Volks Vader" em vídeo divulgado pela ONG Greenpeace - Reprodução
Rebeldes mirins enfrentam o vilão "Volks Vader" em vídeo divulgado pela ONG Greenpeace Imagem: Reprodução

Da Redação

01/07/2011 18h44

A ONG internacional Greenpeace, famosa pelos seus atos radicais pela causa ambiental, escolheu um novo alvo: a Volkswagen. Segundo os ambientalistas, a Volks ajuda a financiar lobbies contra a aprovação de leis que restringem as emissões de gás carbônico (CO2, causador do efeito estufa) na Europa. Para o Greenpeace, apesar de a companhia tentar passar uma imagem de amiga do meio-ambiente, na verdade ela não apóia causas como a redução do consumo de petróleo e a proteção de regiões sensíveis, como o Ártico.

A campanha publicitária de lançamento da sétima geração do VW Passat, veiculada este ano durante o intervalo do Super Bowl, a grande final do campeonato norte-americano de futebol americano, mostra uma criança vestida de Darth Vader, o vilão da série de filmes "Guerra nas Estrelas", demonstrando seus "poderes" diante do sedã. O Greenpeace decidiu utilizar essa propaganda como base para propor uma "aliança rebelde" (novamente em alusão à série de filmes) contra a Volks.

A ONG afirma em um manifesto que "vê um lado bom na VW, pois ela possui engenheiros capazes de fazer alguns dos carros mais eficientes do mundo. Mas para cada carro eficiente que a companhia vende, ela comercializa outros 15 que emitem muito mais gás carbônico". O Volkswagen Group inclui marcas como Porsche, Lamborghini e Bugatti, cujos bólidos consomem muito combustível. Por outro lado, possui linhas "ecológicas", como a gama Bluemotion, que na Europa possui modelos que fazem mais de 20 km/litro de diesel.

Atualmente, políticos europeus discutem uma restrição ainda maior às emissões de gás carbônico. A meta é, considerando os níveis permitidos em 1990, propor uma redução de 20% a 30%, a qual entraria em vigor em 2020. O Greenpeace salienta que companhias como o Google, a Sony e a Unilever (nenhuma delas fabricante de carros) apóiam a causa, e que isso deveria servir de exemplo para a Volkswagen.

Por fim, os ambientalistas propõem uma postura para a fabricante alemã de veículos: estipular uma meta para que, em 2040, todos os carros fabricados pela companhia sejam totalmente independentes do uso de petróleo. A Volkswagen, que tem como meta ser a maior fabricante de carros do mundo em 2018, ainda não se manifestou a respeito das acusações.