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Hyundai, de caso com o Brasil, mostra a 'station europeia' i40

<b>Hyundai i40 vista por trás: station quer chamar todas as peruas para a briga</b> - Claudio de Souza/UOL
<b>Hyundai i40 vista por trás: station quer chamar todas as peruas para a briga</b> Imagem: Claudio de Souza/UOL

CLAUDIO DE SOUZA

Editor de UOL Carros<br>Enviado especial a Genebra (Suíça)

01/03/2011 11h49Atualizada em 01/03/2011 12h40

A Hyundai apresenta ao mundo no Salão de Genebra a i40, uma station wagon de grande porte disposta a jogar duro no segmento das peruas, muito forte na Europa -- onde brigam desde marcas orientais até a trinca premium alemã. A i40 tem 4,7 metros de comprimento, mas seu design na linha "escultura fluida" e o porta-malas "esticado" (com jeitão de shooting break) faz com que pareça ter até mais do que isso. O entre-eixos é de 2,77 metros, mas o que chama a atenção é o balanço traseiro, de 1,08 metro, ante 92 cm do dianteiro -- números que confirmam o alongamento da porção traseira.

De acordo com a Hyundai, o i40 já nasceu uma station, ao contrário de outros modelos do segmento que derivaram de sedãs ou fazem parte de uma família com várias carrocerias. A montadora sulcoreana explica que sua origem é a perua-conceito Genus, mas a plataforma não é inédita: vem do sedã Sonata.

  • Claudio de Souza/UOL

    Que belo farol, hein? Conjunto dianteiro com LEDs em curva confere personalidade ao carro da Hyundai, que pode ser vendido no Brasil

A depender do ângulo que se olhe, o i40 tem um toque de carro alemão -- mas a dianteira dele é um feliz aprimoramento do já meio cansado desenho-padrão da Hyundai, especialmente pelo belo conjunto óptico arrematado por uma fileira de LEDs em curva.

Dotado de fartos equipamentos de segurança -- como nove airbags -- e de conforto -- alguns até meio surreais, como bancos traseiros e volante com aquecimento --, o i40 é apontado como um concorrente para o Toyota Avensis station wagon. No entanto, o conteúdo de luxo e a gama de motores com duas opções a diesel  (de 1,7 litro) e duas a gasolina (1,6 e 2 litros) deixam claro que estão na mira modelos superiores, como as SW de entrada das alemãs Audi, BMW e Mercedes-Benz. Os preços ainda não foram liberados, e, embora não haja nada que impeça o i40 de ser vendido no Brasil (ja que é feito na Coreia do Sul, como os demais carros da marca), também não há nada que indique que isso acontecerá ao menos em breve.

A Hyundai também traz a Genebra o exótico cupê-ou-hatch de três portas Veloster, que estreou em Detroit, e o simpático conceito Curb, rascunho de crossover compacto que a marca inventou de categorizar de UAV, ou Urban Activity Vehicle.  

AMOR BRASILEIRO
Vale notar que vários dos executivos da Hyundai presentes ao Salão de Genebra acabaram de voltar do Brasil, onde participaram do anúncio da primeira fábrica da marca no país. O otimismo deles era evidente, e qualquer jornalista que se identificasse como brasileiro era recebido com um largo sorriso.

Um deles confirmou o desejo de a Hyundai ultrapassar a Ford não apenas no Brasil, mas no mundo todo (nesse caso, contando as vendas da Kia em seu favor). E, de resto, está cada vez mais claro que o primeiro modelo a sair da linha de montagem da fábrica verde-amarela da Hyundai será um hatchback compacto, já dotado de motor bicombustível. Haverá (muitos?) outros depois, segundo se apurou aqui em Genebra.