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Nova Classe C da Mercedes chega ao Brasil entre junho e outubro

<b>Mercedes-Benz C 63 AMG, versão raçuda do sedã da nova Classe C da marca alemã</b> - Divulgação
<b>Mercedes-Benz C 63 AMG, versão raçuda do sedã da nova Classe C da marca alemã</b> Imagem: Divulgação

CLAUDIO DE SOUZA

Editor de UOL Carros<br>Enviado especial a Genebra (Suíça)

28/02/2011 18h57Atualizada em 28/02/2011 19h14

A Mercedes-Benz apresenta no Salão de Genebra, que abre as portas à imprensa nesta terça-feira (1) na cidade suíça, a renovada Classe C. Os carros serão vistos em estreia mundial no evento -- depois de isso quase ter acontecido em Detroit -- e chegam ao Brasil ainda este ano. O sedã e a Estate (perua) desembarcam em junho, seguidos em julho pelas respectivas versões AMG (divisão de performance da marca). A grande novidade da família, o C Coupé, estará à venda no Brasil a partir de outubro. No mês seguinte chega sua variação AMG.

O C Coupé será a porta de entrada da Classe C no Brasil, posicionando-se abaixo do Classe C de quatro portas -- ele entra no lugar do CLC, que era fabricado no Brasil, mas vendido como importado. Com duas portas a menos e lugar no banco de trás para dois adultos com no máximo 1,75 metro de altura, seu preço deve girar em torno de R$ 110 mil, variando com a motorização. O atual Classe C sedã começa em R$ 112.900 e pode bater nos R$ 220 mil. A reformulação do modelo deve forçar um reajuste nesses valores.

Na noite desta segunda (28) a Mercedes fez, também em Genebra, uma avant-première da Classe C com a grife AMG, a qual injeta nos carros potência e torque brutais por meio de motores V8 literalmente assinados pelo engenheiro responsável (o nome aparece gravado numa chapinha de metal). As carrocerias sedã e perua dos esportivos serão mostradas ao público do evento suíço, mas a cupê, que de resto é quase idêntica à sedã, permanecerá totalmente inédita até o próximo salão internacional de peso -- o de Xangai, na China, em abril. Um segurança apreendeu a câmera fotográfica de UOL Carros e "pediu" que qualquer foto tirada do modelo ali exposto aos jornalistas fosse apagada.

As versões nervosas exibidas nesta noite aqui em Genebra, que levam o tradicional nome C 63 AMG, trazem sob o capô o motorzão aspirado com oito cilindros em V de 6,2 litros (e não 6,3), com 457 cavalos de potência e 60 kgfm de torque -- números animalescos para carros desse porte (o sedã mede 4,58 metros). Quem quiser mais tempero pode acrescentar entre 6.500 e 7.100 euros ao preço inicial (71.340 euros o sedã e 73.900 euros a perua, ou R$ 171.200 e R$ 177.300, respectivamente) e obter mais 30 cavalos do propulsor, indo a 487 cv, sem alteração no torque. O gerenciamento é feito pela caixa MCT de duas embreagens e sete velocidades.

A renovação visual imposta à Classe C foi exacerbada nas versões AMG, que traz dois vincos elevados no capô dianteiro e peças externas, como os retrovisores e um defletor de ar traseiro, com acabamento opcional em fibra de carbono. As unidades expostas em Genebra possuíam belas rodas pretas de aro 19, com 16 raios dispostos em pares, calçadas no cupê por pneus 255/30 atrás e 235/35 à frente -- mas todo esse conjunto também é opcional.

As lanternas traseiras dele e do sedã, iguais, seguem fora da tampa do porta-malas e trazem 24 LEDs na composição da luz de ré -- item interessante, já que de modo geral os LEDs são usados atrás apenas nos sinais coloridos (como a luz noturna). Detalhe: sedã, perua e cupê apareceram numa bela cor branca perolada, mostrando o quanto é urgente fugir dos banalizantes prata e preto que dominam as ruas do Brasil. Missão quase impossível, digna de ser atribuída a carros esportivos.