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Com 525 cv, nova geração do CLS 63 AMG chega ao Brasil por US$ 260 mil

<B>O "verdadeiro" cupê de quatro portas ficou mais agressivo sem perder a elegância</B> - Divulgação
<B>O "verdadeiro" cupê de quatro portas ficou mais agressivo sem perder a elegância</B> Imagem: Divulgação

RODRIGO LARA

Colaboração para UOL Carros

18/02/2011 15h19

Era para o novo Mercedes-Benz CLS 63 AMG, versão anabolizada do carro que praticamente criou um novo segmento no mercado -- o dos cupês de quatro portas --, ser um mero coadjuvante no evento promovido pela marca em comemoração ao seu aniversário de 125 anos, na noite desta quinta-feira (17). Contudo, passadas as falas que remetiam à história da Mercedes, e reforçado seu caráter pioneiro na fabricação de automóveis, ficou claro que o carro exposto não era um mero enfeite.

Até poderia ser. Afinal, uma das características do primeiro CLS era a beleza, com suas linhas delgadas, que partiam da frente imponente e terminavam com uma queda contínua na traseira. Essas características foram reforçadas na nova geração do modelo. Vale ressaltar que o CLS, de forma geral, ficou mais agressivo, principalmente na sua porção dianteira. O formato dos faróis perdeu os contornos arredondados e ganhou ângulos. Grade dianteira e para-choques também abandonaram curvas e adotaram um visual mais ameaçador. As lanternas traseiras passam a invadir os paramalas e são mais compridas. A inspiração clara é o superesportivo SLS AMG.

A nova geração do CLS foi apresentada ao mundo durante o Salão de Paris de 2010, como mostramos aqui. Começou a ser vendida em janeiro e chega agora ao Brasil, devidamente representada pela versão mais potente, que conta com o afinamento da AMG, divisão que "enerva" os carros da marca alemã. O preço de tabela também é capaz de gerar palpitações: US$ 260 mil, ou cerca de R$ 442 mil, se adotarmos uma taxa de conversão de R$ 1,70 para cada dólar. 

CARA E CONTEÚDO
Um dos pontos fortes do CLS, desde a geração anterior, era o seu recheio. Isso não mudou no novo modelo. Além dos itens de conforto, como bancos esportivos em couro, sistema multimídia e um acabamento primoroso, há uma série de sistemas de segurança ativa e passiva.


Nesse quesito, destacam-se o Active Blind Spot Assist, que monitora os pontos cegos do carro em manobras como a troca de faixa de rolagem, e o Active Lane Keeping Assist, que previne trocas involuntárias de pista. Ambos atuam em conjunto com o ESP, o controle de estabilidade do veículo, e podem corrigir barbeiragens sozinhos.

A versão AMG do CLS tem um motor V8 biturbo, com capacidade de 5,5 litros. A unidade é capaz de gerar 525 cavalos a 5.250 rpm na versão "mansa" do CLS 63 AMG. Quem estiver insatisfeito com o número pode instalar um kit de desempenho da AMG e ganhar mais 32 cavalos debaixo do capô, chegando aos 557 cv, atingidos aos 5.750 rpm. O torque é de 71,3 kgfm entre 1.750 rpm e 5.000 rpm na versão "normal" e 81,5 kgfm entre 2.000 e 4.500 rpm com o kit de desempenho instalado. Esse pacote extra também amplia o limite eletrônico de velocidade de 250 km/h para 300 km/h. O câmbio é o AMG Speedshift MCT, de sete marchas e embreagem dupla.

Esse apetite todo não significa, entretanto, que você vai ver mais o frentista do posto do que algum parente seu dono de carro mais modesto. Segundo a Mercedes, o CLS 63 AMG apresenta consumo de 10km/litro de gasolina, número que, se não é excepcional, é apreciável num carro com motor desse calibre. Parte desse resultado entra na conta do sistema start/stop, que desliga o carro quando ele para. É um sopro de responsabilidade ambiental num carro que tem mais vocação para demônio do que para anjo.