Crédito e dólar favorável alavancam venda de importados em 2010; Kia se destaca
Após a Anfavea divulgar o balanço de vendas em 2010, nesta sexta-feira (7) foi a vez da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) tratar dos resultados obtidos no ano passado. Ao todo, as fabricantes filiadas à entidade venderam 105.858 unidades em 2010, o que corresponde a um aumento de 144,1% em relação aos números de 2009.
Nesse contexto, a sul-coreana Kia se destacou. Ao todo, foram emplacados 54.445 carros da marca, o que corresponde a 51,43% do total de importados vendidos pelos associados da Abeiva. Dentre os modelos da fabricante, o sedã médio Cerato foi o veículo de maior sucesso, fechando 2010 com 14.208 emplacamentos. A marca também cravou o segundo e o terceiro importado mais vendido de 2010 (sempre considerando os associados da entidade), com o Picanto (9.484) e o Soul (8.662).
A segunda posição entre as fabricantes ficou com a BMW e seus 6.517 emplacamentos. A chinesa Chery também mostrou fôlego. Mesmo contando com apenas um carro no mercado brasileiro durante os três primeiros meses de 2010 -- caso do SUV Tiggo --, a marca se firmou como a terceira colocada em vendas gerais no ano, com 7.005 emplacamentos. Vale destacar que a fabricante ultrapassou a BMW em dezembro, quando comercializou 1.396 veículos contra 902 da marca alemã.
BUROCRACIA E LOGÍSTICA SÃO DESAFIOS
José Luiz Gandini, presidente da entidade, considerou os números “muito alentadores”. Gandini elegeu como fatores responsáveis pelo bom resultado “a estabilidade do dólar, o acesso ao crédito e a boa quantidade de lançamentos entre os veículos importados”.
Ao ser perguntado sobre as previsões e desafios para 2011, ele afirmou que a Abeiva projeta um crescimento de 57% para esse ano, levando-se em conta que o valor médio do dólar fique na casa de R$ 1,90. “Também temos outros desafios. A questão do valor do dólar é sempre um tema levantado como possível entrave às vendas de importados. Mas acredito que as questões que mais podem impactar na comercialização desses veículos são o acesso ao crédito e os problemas logísticos e burocráticos, já que não é raro termos carros que ficam parados nos portos aguardando liberação”, explica. “Mas estamos confiantes que 2011 será um ótimo ano para o nosso setor”, conclui.
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