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Ford Fiesta global pode ganhar outro nome no Brasil

<b>Fiesta global (foto) é grande para substituir o nacional: o "Fiestinha" sobreviverá</b> - Murilo Góes/UOL
<b>Fiesta global (foto) é grande para substituir o nacional: o 'Fiestinha' sobreviverá</b> Imagem: Murilo Góes/UOL

CLAUDIO DE SOUZA

Enviado especial a Buenos Aires (Argentina)*

22/04/2010 21h21

A Ford vai trazer para o Brasil o atual Fiesta europeu e norte-americano, e isso pode acontecer já no segundo semestre deste ano. No entanto, o carro pode desembarcar no Brasil com outro nome, já que o Fiesta reestilizado de ano-modelo 2011, apresentado pela montadora à imprensa brasileira nesta quinta-feira (22), na Argentina, passou a ser tratado como Novo Fiesta.

A curiosa situação foi um dos temas mais quentes da entrevista coletiva com executivos da Ford realizada em Buenos Aires. Isso porque a expectativa geral era a de que o carro da nova geração chegasse por aqui, ele sim, como Novo Fiesta, e que o modelo atual fosse mantido como porta de entrada para a gama sob o nome Fiesta -- numa solução semelhante às de Volkswagen e Fiat para as linhas Palio e Gol, e também utilizada temporariamente pela própria Ford com o Focus: deixar gerações diferentes de um mesmo carro conviverem nas lojas para atender a faixas de público também diferentes.

De acordo com a explanação dos representantes da Ford, o Fiesta estrangeiro é o primeiro projeto global da montadora que, apesar do óbvio viés europeu, tem a peculiaridade de incluir os Estados Unidos como mercado-alvo. Por isso ele virou um carro maior que o nosso Fiesta atual, medindo cerca de 4,05 metros de comprimento na carroceria dois-volumes e 4,4 metros na três-volumes (contra 3,93 m e 4,2 m, respectivamente). Os norte-americanos podem até querer migrar para modelos menores e mais eficientes, mas não abrem mão de um certo excesso -- lá o Ford Fusion é considerado médio, por exemplo.

Diante disso, a aposta da Ford do Brasil seria manter o "Fiestinha" em produção, devidamente acomodado em sua posição de hatch/sedã pequeno, e futuramente trazer o "Fiestão" para brigar nos novos segmentos que vão se esboçando no mercado brasileiro -- num deles estão Honda City e Fiat Linea, citados textualmente na entrevista como eventuais rivais do carro europeu em sua versão sedã. Será uma nova arena para a Ford, que, por sinal, hoje é a única entre as quatro grandes montadoras que não tem como líder de vendas um modelo de entrada. O Ka vende menos que o "Fiestinha".

UOL Carros está em Buenos Aires para conhecer o Novo Fiesta e logo mais publica todas as informações sobre o modelo.

*Viagem a convite da Ford do Brasil