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Aston Martin Rapide soma acabamento de alto luxo com força esportiva

Da Auto Press

Especial para o UOL<br>De Lisboa (Portugal)

10/03/2010 21h20

Quatro anos depois da estreia, no Salão de Detroit, do protótipo com o mesmo nome, finalmente chega ao mercado um dos automóveis mais aguardados dos últimos tempos. Primeiro modelo com quatro lugares e quatro portas da história da Aston Martin, o Rapide confirma todas as expectativas geradas. Como era de se esperar, na gênese está a plataforma VH em alumínio que serve de base a toda a gama da montadora do vilarejo de Gaydon, na Inglaterra, em especial ao DB9.  

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    Rapide é pioneiro quatro portas/quatro lugares da Aston Martin; motor é potente V12

Face a este último, o Rapide é mais comprido 30,6 cm e 25,9 cm mais longo no entre-eixos. No total, tem 5 m de comprimento, 1,92 m de largura, 1,36 m de altura, e 2,98 m de entre-eixos. A suspensão também não foi alterada, mas recebeu diversos reforços para lidar com o peso extra, agora de 1.950 kg. O sistema de amortecimento ativo, conta com dois modos de funcionamento (Normal e Sport), cada um com cinco estágios.  

ÁLBUM DE FOTOS
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Sob o capô está instalado o conhecido V12 de 6 litros, com 477 cv, o mesmo do DB9. O Rapide também compartilha com este modelo a caixa Touchtronic 2 de seis relações, dotada de comando manual sequencial através de borboletas em alumínio revestidas de couro, localizadas atrás da direção. Elas permitem otimizar as performances e a resposta do motor. O sistema de freios funciona com pinças flutuantes e discos ventilados, de 390 mm de diâmetro na frente e 360 mm atrás.

Fundamental no Rapide, porém, é a beleza de suas linhas. E certos detalhes que ilustram bem o esforço dos designers para fazer deste modelo uma proposta única no mercado. A começar pela grade “dupla” dianteira, os conjuntos óticos frontais com bi-xênon, luzes diurnas e setas com LEDs e lanternas traseiras igualmente com leds. Os retrovisores foram aerodinamicamente desenhados, as maçanetas embutidas nas portas e as janelas laterais ficaram sem moldura. Sobre o porta-malas, foi integrado um pequeno defletor e o friso lateral se prolonga da dianteira apenas até as portas traseiras. As imponentes rodas são de 20 polegadas.

Também chamam a atenção no Rapide as colunas traseiras, bastante bojudas, e, principalmente, as colunas centrais invisíveis pelo exterior. A solução foi tão engenhosa quanto eficaz: as janelas laterais se unem por cima das colunas, o que as encobre.

Com tudo isto, não restam dúvidas de que o Rapide é um dos automóveis mais chamativos do momento, traz uma aparência dinâmica mesmo parado e esbanja detalhes de estilo que compõem a manufatura artesanal que ainda existe em sua produção. Mas é em movimento que o Rapide faz jus ao nome. Chega quase a fulgurantes 300 km/h e cumpre o 0 a 100 km/h em 5 segundos. Em um ritmo mais calmo, também não há grandes reparos a fazer ao Rapide, em termos do conforto oferecido aos ocupantes.

Ágil, divertido e emocionante de conduzir, esse carro familiar com mais de cinco metros e quase duas toneladas é, inquestionavelmente, um dos automóveis com mais "appeal" da atualidade. Claro que está ao alcance de poucos. Mas os 236.650 euros pedidos em Portugal (cerca de 580 mil reais) acabam por ser um valor competitivo, se comparados ao DB9, que custa quase 230 mil euros (próximos a R$ 563 mil), ou o DBS, orçado em mais de 310 mil euros (um pouco acima de R$ 758 mil). Com a vantagem de o Rapide, além dos quatro lugares, contar com uma lista de equipamentos de série bem mais completa, onde os poucos opcionais são os bancos ventilados, o sistema de entretenimento traseiro, as rodas com acabamento grafite, as pinças do freio coloridas... (por António de Sousa Pereira, do Automotor/Portugal)