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Chevrolet Volt passa de fantasma a aliado "verde" para reerguer GM

Da AutoPress

Especial para o UOL

12/12/2009 10h21

Quando a General Motors mostrou o Chevrolet Volt pela primeira vez, no Salão de Detroit de 2007, ainda como carro-conceito, já anunciava que o modelo seria uma espécie de "boa nova" da montadora, especialmente por conta dos números negativos mês após mês. Mas só agora, após crise, concordata e renascimento, a salvação que a GM tanto anunciava passou a ser um pouco mais crível. A recente aparição do Volt, durante o Salão de Los Angeles, no início de dezembro, foi estratégica e confirmou que o elétrico entrará mesmo em produção.

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    Perto de ganhar as ruas, versão de produção do Chevrolet Volt mantém design futurista

E a GM promete não enrolar mais um ano para que o carro esteja nas ruas. Segundo o vice-presidente executivo, Bob Lutz, a expectativa é produzir entre 4 mil e 5 mil unidades por ano, na fábrica de Hamtramck, em Detroit. A unidade chegou a receber investimento de US$ 336 milhões (equivalente a R$ 531 milhões), para viabilizar a produção, que começa em janeiro de 2010.
 

SE LIGA NO VOLT
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Os 60 km de autonomia com energia elétrica são suficientes para servir muitos norte-americanos que participam de uma espécie de "corrente verde" e que têm a intenção de aderir um modelo mais ambientalmente correto.

O Chevrolet Volt funciona com baterias de íon-lítio de aproximadamente 200 quilos, que podem ser carregadas em tensões tanto de 110 volts quanto de 220 volts. São necessárias apenas três horas para que o carro complete a carga e possa voltar a circular com total autonomia.

Mas também conta com um motor 1.0 flex (gasolina e E85), de três cilindros com turbo, que atua como auxiliar na fabricação de eletricidade. Podendo rodar com até 85% de etanol misturado à gasolina (E85), o motor a combustão fornece a eletricidade que alimenta a unidade de tração elétrica e estende a autonomia em até 160 km.

A grande novidade do Volt, no entanto, é utilizar a plataforma E-Flex, que combina métodos diferentes de propulsão a eletricidade. A fabricante norte-americana afirma que o propulsor tem adaptação especial para utilizar gasolina, etanol ou diesel.

Com 150 cv de potência e 37,7 kgfm de torque, o Volt chega a 160 km/h. O ar de veículo futurista impõe respeito -- os faróis são bastante angulosos e marcados, subindo pelas laterais. No capô, dois vincos formam uma faixa em baixo-relevo na área central e dão um ar mais robusto à parte frontal do modelo. Na parte traseira, um spoiler empresta esportividade ao sedã. As lanternas bastante finas e extensas saem pelas laterais do Volt. O elétrico será produzido em larga escala pela GM e mostra que está armado para conquistar seu lugar no mercado. (por Karina Craveiro)

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    Volt tem ao seu dispor 150 cv de potência e 37,7 kgfm de torque para alcançar os 160 km/h

PRIMEIRAS IMPRESSÕES
O coração se eletrizou após a apresentação do Chevrolet Volt durante o Salão de Los Angeles, nos Estados Unidos. O motivo é simples: uma unidade pré-produzida do modelo já estava à espera para ser avaliada no estacionamento. O design do Volt é o que chama atenção de início. Na parte interna, que preza por um projeto futurista, assentos feitos com espuma ecológica e quadro de instrumentos que lembra a tela de um iPod.

O console central é feito de material plástico, onde são encontrados os botões do áudio, o computador de bordo com tela sensível ao toque e uma estranha alavanca de velocidades. Basta posicionar a alavanca em "D", como um automóvel automático convencional, e pronto. O Volt oferece torque sem ruídos ou hesitação. O volante também utiliza material plástico e não é muito diferente daqueles utilizados em um veículo convencional.

Em termos de motorização, o Volt possui um sistema de entrega de torque bastante suave e que não causa surpresas. Mas sem dúvidas, uma das preocupações mais graves é a ausência de ruído, que pode ser prejudicial aos pedestres. Silencioso, o Volt será como um fantasma no meio da noite e, obviamente, se torna uma ameaça para os mais distraídos.

A sensação de um bom passeio sem vibração ou ruído é estranha, mas agradável. Com seus 4,40 m de comprimento, 1,79 m de largura e 301 litros no porta-malas, é um carro que pode representar uma boa alternativa, mesmo ainda sem os preços revelados. (por Carlos González Arizmendi, da AutoCosmos/México, de Los Angeles, Estados Unidos)