Impressões: S10 ganha maquiagem e sofisticação
A Chevrolet organizou nesta quarta-feira (7) um rápido test-drive de sua nova linha de utilitários, a picape S10 e a Blazer, SUV médio da marca. UOL Carros experimentou a S10 Executive Flexpower cabine dupla num trajeto de estrada entre Uberlândia e Uberaba (MG), e rodou num pequeno trecho de asfalto e terra com a S10 Advantage Flexpower cabine simples. Elas formam, respectivamente, o topo e a base da gama da picape com motores bicombustível.
A S10 Executive, feita para atrair compradores do campo mais endinheirados, agrada desde o momento do embarque: o estribo (que é acessório) ajuda a subir, mas na verdade ela nem é tão alta. Fica no meio-termo entre uma picape pequena e uma brutamontes como a Dodge Ram. A boa impressão é completada pelos bancos em couro e o acabamento geral bem-cuidado, que se somam a alguns mimos interessantes -- como os porta-óculos e porta-objetos no teto, display digital com bússola e temperatura externa (também no teto), uma variedade de comandos elétricos bem-posicionados para o motorista e, como arremate, a iluminação em tom azul frio do painel, muito elegante.
Não se deve esperar, claro, um show de performance da S10 Executive cabine dupla. Rodando com álcool, o motor 2.4 (o mesmo da cabine simples, um veículo 140 kg mais leve, sem contar os adereços) demora um pouco a embalar. Mas depois anda bem, e se comporta com naturalidade em velocidades de cruzeiro perto dos 130 km/h (a máxima é de 150 km/h). Não houve flutuação.
PREÇOS E FICHAS TÉCNICAS | ||||||||
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FICHAS S10 E BLAZER | ||||||||
SOBRE OS CARROS | ||||||||
VEJA AS FOTOS |
No asfalto de boa qualidade, quem vai dentro se sente num carro de passeio. Mas só à frente. Atrás, o piso elevado -- resultado da estrutura em carroceria e chassi -- deixa os assentos muito próximos do teto. Com 1,71 metro de altura, o repórter ficou com a cabeça a menos de dois dedos dele. E as pernas acabam formando um ângulo pouco natural.
ÁLBUM DE FOTOS |
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Por sua vez, a S10 Advantage Flexpower cabine simples tem uma proposta bem mista. Até pode ter a turma do agronegócio como parte do seu público-alvo, mas sua vontade de ser a picape do "aventureiro urbano" em ascensão -- aquele que já pode trocar uma Strada ou Montana por um veículo um pouco mais caro -- é evidente.
O interior é mais simples em todos os detalhes, mas isso não tem tanta importância: o motorista sente-se num carro mais interessante, mais alto e (aspecto crucial) mais imponente que a maior parte dos companheiros de trânsito. Puxando menos peso devido à cabine simples, o motor Flexpower trabalha melhor, e a S10 acaba nitidamente rendendo mais nessa configuração. Há as idiossincrasias de picape (como a traseira que sai), mas a suspensão é firme, adequada para uso urbano. E lembre-se: com motor flex não há tração nas quatro rodas. Nem todos os caminhos árduos se abrirão para esse carro.
Tanque e beleza
A General Motors frisa o aumento da capacidade do tanque, de 67 para 80 litros, como um diferencial desses veículos. A autonomia fica maior, o que os aproxima das necessidades de quem faz trajetos mais longos -- e também compensa o consumo maior do álcool. Vale lembrar que ainda não há concorrentes para a S10 quanto à motorização flex.
Já quanto à estética... Bem, o consenso entre os jornalistas era de que a S10, cujo projeto tem mais de uma década, passou por pouco mais que uma maquiagem. Os elementos agregados ao visual para deixá-la completa (note-se que quase tudo é acessório) passam a sensação de ter sido "colados" à picape depois de pronta. Esse "tuning oficial" inclui estribos, defletor no teto e santantonio. De série, vem a entrada de ar no capô, que é meramente decorativa (é só levantar a tampa e constatar).
As novas rodas são interessantes (os raios parecem "soltos" devido ao centro em tom cinza), e as mudanças na dianteira, que incluem o logotipo-gravatinha da Chevrolet sem moldura, grade de barra horizontal única mais encorpada e um "bigode" preto no pára-choque, foram bem-sucedidas. É maquiagem, sim -- mas bem pesada, para dar cara de brava a uma picape que lidera o segmento com tranqüilidade e que, na verdade, não poderia mesmo inventar moda no atual momento do mercado.
Mas, após o test-drive, bastou cruzar uma Toyota Hilux novinha na estrada para lembrar o que é uma picape bonita de verdade.
* Viagem a convite da General Motors do Brasil
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