GM pode pagar multa bilionária por dissimular falhas na ignição

A General Motors está sob suspeita da justiça de ter cometido delitos para dissimular os defeitos de ignição que, entre o fim da década de 1990 e meados dos anos 2000, afetaram milhões de automóveis produzidos e provocaram mais de uma centena de mortes.
A informação é do site do jornal do jornal americano "The New York Times". Segundo a reportagem, o Departamento de Justiça do país investiga como a montadora bloqueou o caso para fugir das responsabilidades, provocando o recall tardio de 2,6 milhões de unidade nos últimos anos.
Também de acordo com o jornal, o caso pode resultar em "multa recorde" para a empresa, maior do que a quantia de US$ 1,2 bilhão (R$ 3,7 bilhões) paga pela japonesa Toyota no ano passado, por problemas de aceleração repentina em alguns modelos.
Se aceitar pagar a multa, a GM poderia evitar sanções ainda mais graves em julgamento, mas se veria obrigada a admitir a culpa, sob risco de prejudicar ainda mais sua já arranhada imagem.
Em uma das batalhas judiciais no escândalo das ignições defeituosas, a GM conseguiu que o caso fosse prescrito, por ter mudado de CNPJ e razão social após pedido de concordata, em 2009. Mesmo assim, a companhia já reservou US$ 400 milhões de seu caixa para pagar indenizações a familiares de vítimas fatais ou com sequelas físicas.
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